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Ferramentas de inteligência artificial generativa estão transformando o setor financeiro e jurídico no Brasil. Bancos, gestoras e escritórios já utilizam a tecnologia para automatizar tarefas intensivas, como a elaboração de prospectos de IPOs, contratos de fusões e aquisições e relatórios regulatórios. A mudança promete elevar a produtividade, liberar profissionais de atividades repetitivas e concentrar esforços em decisões estratégicas de maior impacto.
Produtividade pode crescer até 40%
Segundo levantamento da McKinsey & Company, a automação de processos por IA pode elevar a produtividade das equipes em até 40%. Já estudo da PwC prevê que o setor bancário global deve alcançar ganhos de até US$ 300 bilhões até 2030 com a tecnologia.
Automatização de documentos regulatórios e jurídicos;
Redução de tarefas manuais e repetitivas;
Mais tempo para decisões estratégicas;
Ganhos bilionários previstos até 2030.
Startup brasileira aposta em IA especializada
A StaryaAI, startup nacional de agentes autônomos de IA, desenvolveu o Nebula Engine, tecnologia baseada no modelo RAG (Retrieval-Augmented Generation). Diferente de sistemas que apenas “lembram” do que foram treinados, o motor consulta bases de dados internas, legislações e documentos jurídicos atualizados, garantindo rastreabilidade e menor risco de respostas equivocadas.
“É como treinar um analista júnior incrivelmente rápido, que precisa da supervisão de um sênior”, resume Fabio Tiepolo, CEO da StaryaAI. A empresa também criou a solução Nebula Safety, que aplica o modelo Human-in-the-Loop, no qual toda saída da IA passa por revisão humana, aumentando a confiabilidade dos resultados.
Regulação da IA avança no Brasil
Apesar do avanço tecnológico, o país caminha com cautela. O Marco Legal da Inteligência Artificial (PL 2338/2023) está em tramitação e busca estabelecer regras para o uso seguro e transparente da tecnologia. Para especialistas, o Brasil tem a vantagem de aprender com os erros de outros países e utilizar a experiência da LGPD como referência, mas há riscos de que uma regulação mal desenhada limite a inovação.