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Cada vez mais exigido por consumidores e regulamentações internacionais, o bem-estar animal se tornou um pilar estratégico para a suinocultura moderna. A médica-veterinária Tanaiza Rigo, da Auster Nutrição Animal, destaca que garantir conforto aos suínos não é apenas uma escolha ética, mas uma prática que impacta diretamente na saúde, produtividade e eficiência da cadeia suinícola.
Garantir bem-estar é melhorar desempenho zootécnico e reduzir perdas
Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), um animal está em bem-estar quando vive saudável, bem alimentado, sem dor ou estresse, seguro e livre para expressar seu comportamento natural. E são justamente nessas condições que os suínos demonstram todo seu potencial produtivo.
De acordo com Tanaiza, proporcionar bem-estar desde o nascimento até o abate reduz significativamente perdas na produção. Isso inclui menor mortalidade, melhor desempenho reprodutivo e menor necessidade de medicamentos:
“Bem-estar não é custo, é investimento. Quem respeita o animal colhe os resultados.”
Ela destaca que falhas nesse cuidado podem levar a:
Aumento da mortalidade e doenças
Estresse elevado e lesões
Condenação de carcaças nos frigoríficos
Dificuldade para obter certificações e exportar
Medidas práticas adotadas já mostram resultados positivos
A médica-veterinária aponta que muitas granjas brasileiras já adotam com sucesso medidas práticas para melhorar o bem-estar dos animais. Entre elas:
Enriquecimento ambiental com brinquedos e objetos que estimulam o comportamento natural dos suínos
Uso de baias coletivas para porcas gestantes
Imunocastração, que evita cirurgias e reduz sofrimento
Essas soluções demonstram que é possível aliar tecnologia, manejo e ética de forma eficiente e economicamente viável.
Capacitação da equipe é essencial em toda a cadeia produtiva
Tanaiza também reforça a importância da formação contínua dos profissionais envolvidos na cadeia suinícola, incluindo manejo, transporte e abate.
“Treinamento e conscientização são fundamentais para evitar o estresse e o sofrimento dos animais. Um time bem preparado é chave para manter a produtividade e a sanidade do plantel.”
Com foco no bem-estar, a suinocultura avança rumo a um modelo mais eficiente, ético e sustentável — atendendo tanto às exigências do mercado quanto ao respeito ao animal.