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Bolsonaro pediu ajuda a advogado de Trump, aponta relatório da PF

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

Relatório da Polícia Federal (PF) revela que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu orientação ao advogado Martin De Luca, ligado ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, para reagir ao chamado “tarifaço” imposto ao Brasil. A investigação aponta ainda tentativa de alinhamento político com aliados estrangeiros e pressões sobre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pedido de orientação a advogado de Trump

Em áudios apreendidos, Bolsonaro solicita a De Luca, que representa a empresa Rumble e a Trump Media & Technology Group, ajuda para formular mensagens a serem publicadas em suas redes sociais. O ex-presidente escreveu uma nota elogiando Trump, destacando que a “questão da liberdade está acima da questão econômica” e pediu sugestões de como reforçar essa narrativa.

Para a PF, esse contato revela tentativa de usar medidas de outro governo em benefício próprio e alinhamento com interesses externos.

Aliados reconhecem desgaste político

Entre apoiadores de Bolsonaro, a avaliação é de que o conteúdo dos áudios agrava a situação do ex-presidente. A percepção é de que a proximidade com representantes de Trump pode reforçar a tese de conspiração e de tentativas de influenciar autoridades brasileiras, especialmente o STF.

As conversas também mostram atritos internos. Em mensagens, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou duramente o pai após declarações sobre sua disputa com o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em tom áspero, chegou a xingar o ex-presidente.

Coação a ministros do STF e tentativa de interferência

O relatório indica que Jair e Eduardo Bolsonaro agiram de forma deliberada para intimidar ministros do Supremo e interferir na Ação Penal 2668, que trata da tentativa de golpe de Estado. Segundo os investigadores, mensagens em redes sociais foram usadas como instrumento de pressão, com apoio do pastor Silas Malafaia.

“As mensagens demonstram que as sanções articuladas dolosamente pelos investigados foram direcionadas para coagir autoridades judiciais do Supremo Tribunal Federal”, afirma o relatório.

Alinhamento internacional e pedido de asilo

As mensagens ainda expõem que Eduardo Bolsonaro buscou ampliar o alcance internacional das postagens, inclusive publicando em inglês para reforçar a conexão com aliados de Trump.

A PF também encontrou no celular de Jair Bolsonaro um rascunho de pedido de asilo ao presidente argentino Javier Milei, no qual alegava perseguição política no Brasil. O documento reforça, segundo os investigadores, que desde 2024 o ex-presidente planejava formas de deixar o país para escapar da Justiça.

A defesa de Bolsonaro afirmou que a minuta de pedido de asilo foi redigida em fevereiro de 2024, mas descartada.

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