Câmara foca em cortes de gastos, mas adia reforma do IR

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul Digital
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou nesta sexta-feira (29) que a Casa dará “todo esforço, celeridade e boa vontade” para aprovar os cortes de gastos anunciados pelo governo federal. A proposta inclui mudanças no cálculo do salário mínimo, abono salarial e previdência de militares. Lira enfatizou que a responsabilidade fiscal é “inegociável” e indicou que a reforma do Imposto de Renda, que propõe isenção para rendas de até R$ 5 mil, só será discutida em 2025.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também reforçou a prioridade dos ajustes fiscais e alinhou seu discurso ao de Lira, afirmando que “a questão do IR não é pauta para agora”.

Lira defende ajuste fiscal como prioridade

Arthur Lira destacou, por meio de postagens nas redes sociais, que medidas de corte de gastos são essenciais para combater problemas como inflação e alta do dólar, que afetam principalmente os mais pobres.

  • As propostas incluem:
    • Ajustes no cálculo do salário mínimo.
    • Reformulação do abono salarial.
    • Mudanças na previdência de militares.
  • Segundo Lira, é necessário analisar cuidadosamente qualquer iniciativa que implique renúncia de receitas, como a reforma do IR.

“Uma coisa de cada vez. Responsabilidade fiscal é inegociável”, afirmou o presidente da Câmara.

Senado reforça apoio ao corte de gastos

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também se posicionou a favor das medidas de ajuste fiscal. Em nota à imprensa, Pacheco afirmou que cortes são necessários para garantir governança e conformidade nas contas públicas, mesmo que possam ser impopulares.

Pacheco destacou que a reforma do IR é um desejo de todos, mas que só será possível após análise das condições fiscais e do crescimento econômico.

Reforma do IR: uma pauta para 2025

A proposta de elevar a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil foi anunciada como um “contraponto” ao pacote de cortes. No entanto, tanto Lira quanto Pacheco concordaram que a medida depende de crescimento econômico e geração de receitas, o que torna inviável sua implementação no curto prazo.

“Se não tivermos condições fiscais para isso, não vai acontecer”, reforçou Pacheco.