Escolha do novo papa começou nesta quarta-feira (7), no Vaticano, com missa na Basílica de São Pedro. 133 cardeais votam, incluindo sete brasileiros.
Conclave histórico inicia no Vaticano com recorde de cardeais votantes
O conclave que vai escolher o novo papa da Igreja Católica teve início na madrugada desta quarta-feira, 7 de maio, no Vaticano. O processo reúne 133 cardeais com direito a voto — o maior número da história — e conta com sete representantes do Brasil. A cerimônia começou com a tradicional missa na Basílica de São Pedro, às 5h (horário de Brasília), seguida de uma procissão até a Capela Sistina. O conclave ocorre após a morte do papa Francisco, em 21 de abril. Para eleger o novo pontífice, são necessários pelo menos 89 votos. O resultado da votação será indicado pela cor da fumaça que sai da Capela Sistina: preta, se não houve escolha; branca, quando o novo papa for eleito.

Brasil tem forte presença entre cardeais votantes
A delegação brasileira é a terceira maior entre os países presentes no conclave. Sete cardeais brasileiros têm direito a voto:
- Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus
- Dom Jaime Spengler, presidente da CNBB
- Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo
- Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro
- Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador
- Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília
- Dom João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília
Dom Raymundo Damasceno, com 88 anos, não vota, mas pode ser eleito.
Como funciona o processo de escolha do novo papa
A primeira votação acontece ainda nesta quarta-feira. A partir de quinta (8), os cardeais votam quatro vezes por dia. Os votos são secretos, e ao final de cada sessão, as cédulas são queimadas. A fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina indica o resultado. O Vaticano estima que a primeira fumaça surja por volta das 14h (horário de Brasília).
- Primeira votação: quarta-feira (7)
- Votações seguintes: duas pela manhã e duas à tarde
- Fumaça preta: sem decisão
- Fumaça branca: novo papa escolhido
Expectativa é por um líder moderado
O cenário atual da Igreja Católica favorece a eleição de um papa moderado, que siga os passos conciliadores de Francisco. A escolha deve levar em conta não só as questões internas da Igreja, mas também os desafios sociais e políticos do mundo atual. O último conclave, em 2013, levou dois dias e cinco votações até eleger Jorge Mario Bergoglio, que se tornou o papa Francisco.