A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (1º), um projeto de lei que autoriza o governo brasileiro a adotar medidas de retaliação contra países ou blocos econômicos que imponham tarifas ou barreiras comerciais prejudiciais aos produtos brasileiros. O projeto, que ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados, visa garantir a proteção do comércio nacional frente a medidas externas, como as aplicadas pelo governo de Donald Trump.
O que prevê o projeto de retaliação
O projeto aprovado prevê que o governo federal poderá adotar contramedidas em resposta a ações externas, como sobretaxas ou critérios ambientais mais rígidos para produtos brasileiros. As medidas de retaliação podem ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa. Algumas das principais ações incluem:
Sobretaxas sobre produtos importados de países que retaliem o Brasil, como aumento de impostos em produtos dos Estados Unidos.
Suspensão de obrigações com acordos comerciais, afetando diretamente relações bilaterais.
Suspensão de direitos de propriedade intelectual, podendo afetar royalties e patentes de empresas do país alvo.
O projeto também determina que as medidas de retaliação sejam proporcionais ao impacto econômico causado pelas ações externas.
Apoio político e contexto internacional
A proposta tem o apoio do governo federal e de importantes setores, como o agronegócio. A motivação é enfrentar fenômenos externos que afetam a balança comercial brasileira, como:
Medidas da União Europeia contra a agropecuária brasileira, incluindo a resistência em firmar o acordo com o Mercosul.
Sobretaxas anunciadas por Donald Trump, que impactam a exportação de produtos brasileiros para os Estados Unidos.
A relatora do texto, senadora Tereza Cristina (PP-MS), defende que a proposta não se trata de retaliação, mas de uma proteção aos interesses do Brasil.
Próximos passos e expectativas
Após a aprovação na CAE, o projeto agora segue para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para votação no plenário do Senado. A expectativa é que a proposta seja apreciada com urgência, conforme afirmou o presidente da CAE, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Caso o projeto seja aprovado, o governo brasileiro terá a liberdade de aplicar medidas de retaliação contra barreiras comerciais, ajudando a proteger a economia nacional.
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