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Com a digitalização das finanças e o avanço dos investimentos online, cresce também o número de brasileiros que caem em fraudes. Mais de 5 milhões já foram vítimas de esquemas como as pirâmides financeiras. Mas há formas eficazes de se proteger.
Com promessas de ganhos fáceis e altos retornos em curto prazo, golpes financeiros continuam fazendo vítimas no país. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as pirâmides financeiras estão entre as fraudes mais comuns — muitas vezes disfarçadas de investimentos legítimos.
A situação é agravada pela falta de conhecimento. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), pessoas com baixo nível de educação financeira têm cinco vezes mais chances de cair em golpes.
Educação financeira: a chave para a proteção
Para o educador financeiro e pesquisador Estefano Santos, a solução mais eficaz é o conhecimento.
“Educação financeira não deve ser vista como um luxo, mas como um direito básico de cidadania. Ela não nos torna ricos de um dia para o outro, mas evita que fiquemos pobres de um minuto para o outro”, afirma.
Santos é autor do estudo “A educação financeira como escudo contra golpes e pirâmides”, que mostra como a instrução adequada reduz significativamente os riscos de fraude.
Em países como Alemanha e Reino Unido, a inclusão da educação financeira nas escolas contribuiu para a redução expressiva de golpes — uma prática ainda pouco difundida no Brasil, apesar da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF).
Impacto vai além do dinheiro
O prejuízo causado por esquemas fraudulentos não é apenas financeiro. As consequências incluem a perda da confiança em instituições, aumento da desinformação e ampliação das desigualdades sociais.
Como reforça Estefano Santos:
“Investir em educação financeira significa proteger famílias, fortalecer a confiança social e contribuir para a estabilidade econômica do país.”
Dicas práticas para evitar golpes financeiros
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Desconfie de promessas de retorno rápido e muito acima do mercado.
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Verifique se a empresa é registrada na CVM ou Banco Central.
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Nunca invista em algo que você não entende completamente.
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Pesquise histórico, reputação e transparência do negócio.
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Diversifique seus investimentos e mantenha uma reserva de emergência.
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Desconfie de pressões para “entrar logo” no negócio.
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Prefira canais oficiais de bancos e corretoras reguladas.