
Desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 11 de março de 2020 que o surto do novo coranavírus tinha se caracterizado como uma pandemia, se vive uma situação nunca experimentado na história recente.
A última grande pandemia é atribuída à gripe espanhola, que foi uma mutação do vírus Influenza, ocorrida em 1918 e que, se estima, infectou mais de um quarto da população mundial e deixou mais de 50 milhões de mortes ao redor do mundo.
Com relação a Covid-19, segundo a médica de Medicina de Família e Comunidade da Unimed Tubarão, Gigliolle Romancini de Souza Lin, já são mais de 35 milhões de pessoas infectadas e somando mais de um milhão de mortes em todo o mundo. No Brasil, apesar da média móvel de mortes ter atingido o menor número em cinco meses, ainda estamos, segundo Drª Gigliolle, distantes de um cenário tranquilizador.
“Isto porque o país vai atingir a marca dos 150 mil óbitos e já registrou mais de 5 milhões de infectados. A própria Organização das Nações Unidas (ONU) alertou, estes dias, que há sinais preocupantes de novas ondas de contágio em algumas partes do mundo”, ressalta a médica.
Com relação a flexibilização das atividades, especialmente em Santa Catarina, o governo definiu no dia 6 de outubro algumas novas regras para a retomada de atividades presenciais, especialmente no setor de saúde e educação.
Diante deste novo cenário, ressalta Drª Gigliolle, é necessário chamar muito a atenção da população a respeito da necessidade de se manter todos os cuidados que estão sendo tão extensamente propagados ao longo destes meses, para evitar um novo aumento no número de casos.
Acentua a médica que, estão sendo investigadas possíveis vacinas e alguns tratamentos medicamentosos específicos através de testes com ensaios clínicos. “Mas ainda não temos uma vacina definitiva, um medicamento para evitar infecção ou mesmo um tratamento antiviral específico para este novo coronavírus”, pontua.
Ressalta que é importante sempre lembrar das medidas de prevenção que são as que comprovadamente reduzem as taxas de transmissão da doença. Lavar as mãos com frequência utilizando sabão, não dispensar o álcool em gel e praticar a etiqueta da tosse com o ato de cobrir o rosto com o antebraço. Também, orienta a médica, é muito importante se manter o distanciamento social de 1,5 metro a 2 metros das outras pessoas e evitar circulação em ambientes movimentados.
LETALIDADE
Drª Gigliolle lembra ainda que os sintomas mais comuns da Covid-19 continuam sendo a febre, o cansaço e a tosse seca. “Algumas pessoas ainda podem relatar dor no corpo, dor de cabeça, congestão nasal, diarreia, perda de olfato e de paladar. Estes sintomas, geralmente, são bem leves e começam de forma gradual”.
Diz que tem percebido, no consultório, pessoas que tem atribuído estes mesmos sintomas as rinites alérgicas que tem todo ano, a uma sinusite e a uma gripe comum e depois acabam testando positivo para a Covid-19. “Por isso, reforço a necessidade de entrar em contato com o serviço de saúde, tão logo esteja apresentando algum sintoma compatível com a doença”, orienta.
Diz que, os países mais bem sucedidos na condução da pandemia foram aqueles que testaram maçissamente a população, que adotaram medidas mais rígidas com relação ao isolamento dos casos suspeitos. Segundo a médica da Medicina de Família e Comunidade da Unimed, é importante se praticar o autoisolamento quando estiver com a menor suspeita de se estar contaminado.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a taxa de letalidade está girando em torno de 3%. “Então, de fato, a maioria das pessoas se recupera bem da doença. Mas sabemos que indivíduos com mais idade e com doenças crônicas correm o risco de ainda serem hospitalizados e de terem complicações mais graves”, conclui.
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