É com grande alegria que estreio hoje como colunista no Notisul, trazendo análises e opiniões sobre o mundo esportivo, com foco especial no futebol catarinense.

Para quem ainda não me conhece, sou Rafael Alves, comentarista esportivo há quatro anos, com passagens marcantes pelo Portal 21 e, atualmente, pela Rádio H2O, em Jaguaruna. Minha trajetória no jornalismo esportivo tem sido pautada pela dedicação ao Criciúma, clube que acompanho desde os tempos de Série C até sua recente volta à elite do futebol brasileiro. Este é meu primeiro ano cobrindo a Série A, um momento especial tanto para o clube quanto para mim.
Credenciado pela ACESC (Associação dos Cronistas Esportivos de Santa Catarina) e pela ACCE/SC (Associação Catarinense de Cronistas Esportivos), construí uma reputação marcada por análises precisas e paixão pelo esporte catarinense. Espero que este espaço no Notisul seja mais uma forma de compartilhar essa paixão com vocês, leitores.
Agora, vamos ao que interessa: a análise da partida entre Criciúma e Vitória, um jogo que marcou um momento difícil para o Tigre no Campeonato Brasileiro.
O Criciúma enfrentou, nesta quarta-feira (20), a equipe do Vitória, em partida válida pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.
Vindo de duas derrotas seguidas fora de casa, contra Internacional e Cruzeiro, o Criciúma ocupava a 16ª posição, com 37 pontos, sendo o primeiro time fora da zona de rebaixamento. Precisando desesperadamente de uma vitória para se manter fora do Z4, o Tigre entrou em campo apoiado pelos pouco mais de 12 mil torcedores presentes no Estádio Heriberto Hülse. Já o Vitória, em boa fase, ocupava a 13ª posição com 38 pontos e vinha embalado por bons resultados nas últimas rodadas.

Primeiro tempo: pressão inicial e expulsão polêmica
Sob chuva e com muita vontade, o Criciúma começou pressionando, dando sinais de que buscaria a vitória. Newton, em uma tarde inspirada, foi o principal destaque, comandando as ações ofensivas ao lado de Ronald. Aos 12 minutos, Newton fez um belo cruzamento na medida para Bolasie, que cabeceou forte, obrigando o goleiro Lucas Arcanjo, do Vitória, a realizar uma grande defesa.
A equipe baiana, no entanto, conseguiu equilibrar o jogo, mesmo sob pressão inicial do Tigre. Aos 30 minutos, um lance polêmico mudou a partida: Claudinho desequilibrou e caiu sobre a perna de um jogador do Vitória. Após revisão do VAR (Daniel Nobre Bins), o árbitro Rafael Rodrigo Klein interpretou o lance como agressão e mostrou o cartão vermelho direto. A expulsão gerou revolta nos torcedores presentes, deixando o Criciúma com um jogador a menos.
Com superioridade numérica, o Vitória passou a dominar a partida, pressionando a equipe da casa até o fim do primeiro tempo.

Segundo tempo: gol decisivo e resistência ineficaz
Na etapa final, o Vitória manteve a postura ofensiva e conseguiu abrir o placar aos 23 minutos, quando Janderson aproveitou uma oportunidade e balançou as redes, marcando o único gol da partida.
O Criciúma tentou reagir, mas esbarrou na falta de organização e criatividade. Apesar do esforço de alguns jogadores, a equipe não conseguiu criar jogadas conscientes para buscar o empate. Nos minutos finais, o Vitória ainda teve chances de ampliar o placar, mas o goleiro Gustavo, com uma grande defesa, evitou um prejuízo maior.
O jogo terminou com o placar de Criciúma 0 x 1 Vitória.
Situação na tabela: crise no Tigre
Com a vitória, o Vitória chegou a 41 pontos, subiu para a 12ª posição e se afastou da zona de rebaixamento. Já o Criciúma permaneceu com 37 pontos e caiu para o Z4 pela primeira vez desde o início do campeonato.
E agora, Criciúma?
O próximo desafio do Tigre será na Terça-Feira (26), contra o Fluminense, no Maracanã. Com apenas quatro rodadas restantes, o Criciúma precisa tratar cada partida como uma final para escapar do rebaixamento. Será preciso jogar com o “coração nas chuteiras” e encontrar o caminho das vitórias para somar os pontos necessários.
Enquanto isso, os torcedores terão que suportar a angústia de ver o time amargando dias difíceis na zona da degola. Será que o Criciúma tem forças para reagir?
Vamos acompanhar!