Caroline de Toni (PL), em visita a Tubarão (SC) diz que união entre redes sociais e apoio regional fez dobrar sua votação; deputada defende pautas conservadoras e critica decisões do STF relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Dobro de votos, liderança na Câmara e foco em pautas conservadoras
A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) revelou, em entrevista ao Portal Notisul, sua intenção de disputar uma vaga ao Senado nas eleições de 2026. Eleita pela primeira vez em 2018 com 109 mil votos, a parlamentar mais que dobrou sua votação em 2022, superando os 220 mil votos proporcionais, sendo a única mulher a atingir esse patamar em Santa Catarina. De Toni atingiu a maior votação proporcional da história catarinense.
Formada em Direito, mestre em Direito Público e com forte atuação nas redes sociais, Caroline destacou que a combinação entre presença digital e articulação política regional com lideranças locais foi essencial para seu crescimento nas urnas. “A reeleição é mais difícil, então busquei mostrar trabalho real. A internet foi importante, mas caminhei muito com vereadores e prefeitos também”, afirmou.
Propostas aprovadas, liderança na oposição e críticas ao STF
Durante o segundo mandato, mesmo sem o apoio do governo federal, a deputada presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e conduziu mais de 1.200 proposições, entre elas:
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PEC da Vida
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PEC Antidrogas
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PEC 8 e PEC 28 (reequilíbrio entre os poderes e limites ao STF)
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Atualização da Lei do Impeachment
Atualmente, Caroline lidera a minoria na Câmara e integra a frente do livre mercado, defendendo a desburocratização e o empreendedorismo. “Nosso papel é mostrar que o dinheiro público vem do povo e deve voltar para o povo”, reforçou.
Pré-candidatura ao Senado com apoio de Bolsonaro e Michele
Caroline confirmou que é pré-candidata ao Senado e que conta com apoio do governador Jorginho Mello (PL), da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro e do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Me coloco à disposição com humildade. Tivemos conquistas importantes e espero representar ainda mais Santa Catarina”, disse.
Ela destacou que, em Brasília, o ambiente político exige articulação. “Lá são 513 deputados disputando espaço. Presidir a CCJ e aprovar tantas pautas foi resultado de muito esforço, estratégia e diálogo”, contou.
Acusações de perseguição política e defesa de Bolsonaro
A deputada também criticou duramente o Supremo Tribunal Federal (STF), em especial o ministro Alexandre de Moraes, a quem acusa de perseguição contra Jair Bolsonaro. “É um processo sem condenação e sem respeito ao contraditório. O STF ultrapassou sua função constitucional”, declarou.
Caroline afirmou que o PL e seus aliados trabalharão para pautar a anistia aos manifestantes do 8 de janeiro, o impeachment de Moraes, o fim do foro privilegiado e a CPI do abuso de autoridade. Segundo ela, o Brasil “vive uma ditadura disfarçada”, e só com mais parlamentares conservadores será possível “retomar a democracia”.