Empresário é preso após simular própria morte e matar morador de rua em SC

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

Um empresário de São Cristóvão do Sul, em Santa Catarina, foi preso na sexta-feira (28) após tentar forjar sua própria morte duas vezes. Segundo a Polícia Civil, ele assassinou um morador de rua para usar o corpo como se fosse o seu e, depois, gravou um vídeo simulando uma sessão de tortura, chegando a amputar um dedo e arrancar dois dentes. O crime teria sido motivado por questões financeiras, já que ele é investigado por estelionato.

Empresário já havia tentado fraudar sua morte antes

A primeira tentativa de fraude ocorreu em 15 de fevereiro, quando uma caminhonete incendiada foi encontrada com um corpo carbonizado dentro. A polícia descobriu que a vítima era um morador de rua e não o empresário.

  • O desaparecimento do empresário foi comunicado em 12 de fevereiro
  • O corpo carbonizado foi encontrado três dias depois
  • A polícia concluiu que a vítima não era ele após exame de DNA

Vídeo de tortura e amputação de dedo fez parte da farsa

Ao perceber que a primeira tentativa não funcionaria, o empresário gravou um vídeo no qual simulava ser torturado e morto. A gravação foi enviada para familiares e para a imprensa local.

  • Parte de um dedo foi amputada na simulação
  • Dois dentes também foram arrancados
  • Uma garrafa com o dedo e os dentes foi jogada na casa da namorada dele

Investigação desvendou crime e levou à prisão dos envolvidos

A Polícia Civil começou a desconfiar da farsa quando as imagens da suposta tortura viralizaram. Investigadores buscaram desaparecidos na região e identificaram a vítima como sendo o morador de rua.

  • A polícia encontrou o hospital onde o empresário buscou atendimento após amputar o dedo
  • Testemunhas confirmaram que ele esteve na unidade de saúde
  • Um cúmplice de 38 anos também foi preso

Defesa do empresário aguarda acesso ao inquérito

Os advogados do empresário afirmaram que ainda não tiveram acesso ao inquérito e que só irão se manifestar após analisarem as provas.

A polícia segue investigando o caso, já que ele também responde por estelionato, suspeito de aplicar golpes na venda de placas de energia solar.