Entenda como funciona a indenização após a explosão no Morro dos Cavalos

    Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

    O acidente aconteceu na tarde de domingo (6), no trecho do Morro dos Cavalos, na BR-101, sentido Norte. O caminhão-tanque tombou sobre a mureta central e explodiu, provocando um incêndio que se espalhou rapidamente. Diversos motoristas precisaram abandonar os veículos para escapar das chamas.

    Quem deve pagar os prejuízos

    Segundo o advogado Fernando Lucchesi, presidente da Comissão de Seguros da OAB/SC, a responsabilidade da transportadora é objetiva — ou seja, não é necessário comprovar culpa para que ela tenha que indenizar os danos. A lei obriga que o transporte de produtos perigosos, como etanol, seja feito com seguro.

    • Se o dono do veículo tiver seguro, a própria seguradora fará a indenização e depois cobrará da transportadora.

    • Se não tiver seguro, o proprietário deverá entrar com uma ação contra a transportadora.

    Como acionar a indenização

    Lucchesi orienta que os motoristas afetados reúnam os seguintes documentos e entrem em contato com a transportadora responsável:

    • Boletim de ocorrência (BO)

    • Documento do veículo (CRLV)

    • Documento de identificação pessoal

    • Autorização de baixa no Detran

    • Informação sobre saldo de financiamento (se houver)

    Com isso, a seguradora da transportadora deverá iniciar o processo de indenização.

    Motorista relatou falha mecânica antes do acidente

    Uma mulher que socorreu os ocupantes do caminhão relatou que o motorista mencionou problemas no volante, o que pode ter causado a perda de controle e o tombamento. Ambos tiveram queimaduras graves: ele em 30% do corpo e ela em 20%.

    “Ele me disse que o caminhão não respondia aos comandos do volante”, contou Priscila Santos, que prestou socorro no local.

    Polícia fará perícia e investiga as causas

    A PRF informou que a cabine do caminhão foi completamente destruída pelo fogo, o que impossibilitou a leitura do tacógrafo. A velocidade será estimada com base em vestígios deixados na pista. O trecho da rodovia ficou totalmente interditado por mais de 15 horas, sendo liberado apenas às 5h da manhã de segunda-feira (7).