Em um marco histórico para a educação quilombola no Brasil, a Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) celebrou a formatura da primeira turma da Escola Nacional de Formação de Meninas Quilombolas em Brasília. O projeto, apoiado pelo Fundo Malala, tem como objetivo principal capacitar jovens quilombolas, especialmente meninas, para enfrentar as desigualdades educacionais e desenvolver liderança nas suas comunidades.
Transformação e empoderamento através da educação
A escola oferece uma formação diferenciada, focada em temas relevantes para a realidade quilombola, além do currículo tradicional. Entre os 50 formandos, Juliany Carla da Silva, de 16 anos, da comunidade de Trigueiros, em Vicência (PE), destaca o impacto do projeto em sua vida, reforçando a importância do incentivo familiar e comunitário na conquista dessa oportunidade.
- Juliany Carla da Silva e sua jornada de sucesso na Escola Nacional de Formação de Meninas Quilombolas.
- O papel fundamental da CONAQ e do Fundo Malala no apoio à educação e liderança jovem.
- Capacitação de 40 professores quilombolas em parceria com a juventude para uma educação mais inclusiva.
Impacto social e desafios enfrentados pelos jovens quilombolas
O curso não apenas forma alunos academicamente, mas também os prepara para enfrentar e resolver problemas reais de suas comunidades. Glaydson Ítalo de Jesus, de 16 anos, da comunidade Itamatatiua, em Alcântara (MA), planeja usar os conhecimentos adquiridos para estudar direito e defender os direitos territoriais de sua comunidade.
- Glaydson Ítalo de Jesus: do curso técnico à ambição de cursar direito e realizar intercâmbio internacional.
- A luta por posse de terra e o papel da educação na defesa dos direitos quilombolas.
- A importância da proximidade da escola com as comunidades para garantir a frequência e a inclusão escolar.
Encontro nacional destaca a importância da educação quilombola
De 20 a 22 de agosto, a capital federal recebeu estudantes e ativistas da escola para um encontro que debateu a importância da educação quilombola e os desafios enfrentados pelas comunidades. A promotora de justiça Karoline Maia, primeira quilombola a ocupar o cargo, e a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, reforçaram a necessidade de enfrentar o racismo e a desigualdade através da educação.
- Karoline Maia e o impacto da “desterritorialização” na preservação dos saberes ancestrais quilombolas.
- A ministra Cida Gonçalves e o papel da escola na formação de lideranças resilientes nas comunidades quilombolas.
- Educação quilombola: um passo essencial na luta contra o racismo e a exclusão social no Brasil.
Fonte: Agência Brasil