A inteligência artificial deixou de ser uma promessa e passou a fazer parte da estratégia das principais empresas brasileiras. É o que aponta o AI Lighthouse Awards, estudo realizado pela Fundação Dom Cabral (FDC) em parceria com a CI&T. O levantamento avaliou o grau de maturidade digital e destacou as dez companhias que melhor utilizam a tecnologia no país.
Segundo o estudo, 94,4% das empresas consideram a inteligência artificial uma das principais pautas corporativas, e 79,2% afirmam que os investimentos estão alinhados aos objetivos de negócio. Cerca de 20% das companhias já destinam mais de 5% da receita para projetos de IA, tendência que deve aumentar nos próximos anos.
Entre as dez empresas reconhecidas pelo uso estratégico da tecnologia estão AB InBev, Globo, Ânima Holding, Porto Seguro, Bradesco Seguros, Localiza & Co., MRV, GetNet, Tupy e Cielo.
O CEO da CI&T, Cesar Gon, afirma que o principal avanço está na formação de pessoas. “Sessenta e dois por cento das empresas já têm programas formais de capacitação em IA, o que mostra que o futuro não será apenas sobre algoritmos, mas sobre profissionais preparados para trabalhar em parceria com essas inteligências”, destacou.
O estudo também indica resultados concretos. De acordo com o levantamento, 45,1% das companhias alcançaram mais de 60% das metas definidas em seus projetos, e 22,5% registraram retorno sobre investimento superior a 30%.
Para a Fundação Dom Cabral, o uso de inteligência artificial no Brasil deixou de ser experimental e passou a integrar o núcleo estratégico das organizações. O relatório aponta que, quando a cultura de dados e o desenvolvimento humano caminham juntos, os resultados são mais sustentáveis e éticos.
O vice-presidente da CI&T, Bob Wollheim, destacou que a iniciativa marca um avanço importante no país. “Ser pioneiros nesse reconhecimento reforça a crença de que a IA deve ser aplicada com responsabilidade, propósito e visão de futuro”, afirmou.
