A OpenAI, criadora do ChatGPT, assinou um novo acordo bilionário com a Amazon Web Services (AWS) no valor de US$ 38 bilhões, fortalecendo sua infraestrutura de computação em nuvem e somando mais um capítulo à impressionante série de contratos que já ultrapassam US$ 1,4 trilhão.
O objetivo, segundo o CEO Sam Altman, é expandir rapidamente a capacidade energética e computacional da empresa, que pretende construir 30 gigawatts de infraestrutura — o suficiente para alimentar cerca de 25 milhões de residências.
OpenAI amplia parceria com gigante da nuvem
O contrato com a Amazon prevê o uso de chips Nvidia e servidores de alto desempenho da AWS para suportar as próximas gerações do ChatGPT e de outros modelos de inteligência artificial.
Com o acordo, a AWS adiciona a maior startup de IA do mundo à sua carteira de clientes, que já inclui a Anthropic, segunda maior do setor. As ações da Amazon subiram cerca de 4% após o anúncio.
A estratégia de Sam Altman: gastar para dominar
Altman, que vem se consolidando como um dos executivos mais agressivos do Vale do Silício, já havia firmado parcerias com grandes players globais da tecnologia:
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Stargate – US$ 500 bilhões
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Nvidia – US$ 100 bilhões
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AMD – US$ 100 bilhões
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Intel – US$ 25 bilhões
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TSMC – US$ 20 bilhões
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Microsoft – US$ 13 bilhões
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Broadcom – US$ 10 bilhões
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Oracle – US$ 10 bilhões
Com esses acordos, a OpenAI já direcionou US$ 796 bilhões (56% do total previsto) para a construção de datacenters e compra de chips. Segundo Altman, a meta é adicionar 1 gigawatt de capacidade de computação por semana — cada unidade estimada em US$ 40 bilhões.
Possível IPO histórico à vista
Para financiar essa expansão, a OpenAI estuda uma abertura de capital (IPO) que poderia avaliá-la em US$ 1 trilhão, o que tornaria o evento o maior IPO da história do setor de tecnologia.
O movimento é acompanhado de perto por investidores do Vale do Silício, que veem na empresa não apenas o símbolo da corrida pela inteligência artificial generativa, mas também o possível novo eixo de poder da indústria de tecnologia, com parcerias bilionárias e influência sobre fabricantes de chips e provedores de energia.
Contexto: o “dealmaking” sem fim da OpenAI
Desde 2023, a OpenAI vem firmando contratos recordistas com empresas de infraestrutura tecnológica, energia e semicondutores. Segundo o TechDrop, newsletter especializada em inovação, a escala de investimentos de Altman é “astronômica”, superando em três vezes o faturamento anual da empresa em 2025.
A estratégia tem como meta garantir autossuficiência em computação e reduzir a dependência de terceiros, o que pode reposicionar a OpenAI como uma fornecedora global de inteligência artificial e infraestrutura de dados, além de usuária.
