Início Economia FACISC alerta para impacto do fim da isenção fiscal sobre painéis solares

FACISC alerta para impacto do fim da isenção fiscal sobre painéis solares

FOTO Freepik Reprodução Notisul

Com o fim da cota de isenção em julho, importações de painéis fotovoltaicos passam a ser integralmente taxadas, elevando custos da energia solar.

Fim da isenção ameaça avanço da energia renovável em Santa Catarina

A partir de 1º de julho, os painéis solares importados estarão sujeitos à alíquota integral de 25% de imposto de importação, com o término da cota de isenção criada pelo Governo Federal. A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) expressou forte preocupação com a mudança, destacando os efeitos negativos sobre a competitividade empresarial e o avanço da energia limpa no estado.

Desde novembro de 2024, a alíquota foi elevada de 9,6% para 25%, mas uma cota temporária de até US$ 10 milhões por empresa com isenção foi mantida até 30 de junho de 2025. Agora, com o fim desse benefício, todos os projetos de energia solar — comerciais, industriais, residenciais e rurais — ficarão mais caros.

Santa Catarina é líder em importação de painéis solares

Santa Catarina ocupa papel de protagonismo nacional no setor de energia solar. Em 2024, o estado importou US$ 634,5 milhões em painéis fotovoltaicos, 24% do total nacional, atrás apenas de São Paulo. Os equipamentos, em sua maioria oriundos da China, abastecem:

  • Indústrias
  • Comércios
  • Residências
  • Propriedades rurais

Nos últimos dez anos, as importações saltaram de US$ 9,4 milhões em 2014 para US$ 654,4 milhões em 2024, um crescimento de mais de 6.800%.

Atualmente, SC possui 112,2 mil sistemas de micro e minigeração distribuída instalados, sendo o terceiro estado com mais sistemas industriais, atrás apenas de São Paulo e Paraná.

Entidade vê aumento de imposto como retrocesso ambiental e econômico

Para o diretor de Relações Internacionais da FACISC, Evaldo Niehues Júnior, a medida prejudica quem investe em eficiência energética e sustentabilidade.

“Essa decisão coloca em risco os investimentos e os avanços já consolidados”, afirmou.

A entidade defende:

  • Ambiente de negócios com segurança jurídica
  • Estabilidade regulatória
  • Incentivos à inovação e à sustentabilidade

A FACISC vai mobilizar suas 149 associações empresariais e enviar ofícios aos parlamentares catarinenses pedindo a retomada do debate no Senado Federal, cuja sessão sobre o tema foi adiada sem nova data. A expectativa é que o assunto volte à pauta da Comissão de Infraestrutura com urgência.

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