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Inchaço nos olhos, espuma na urina e cansaço são sinais de atenção para o problema, que pode atingir pessoas de todas as idades
Vídeo do cantor reacende atenção sobre doença silenciosa que afeta os rins
O vídeo publicado pelo cantor Júnior Lima e sua esposa, Mônica Benini, nas redes sociais reacendeu a atenção sobre a síndrome nefrótica, condição que acometeu a filha do casal. A repercussão levou especialistas de todo o país a explicarem os sinais, causas e tratamentos dessa doença renal crônica silenciosa e pouco conhecida.
Em entrevista ao Notisul, a nefrologista Marina Mendes Felisberto, do Hospital São José de Criciúma, detalhou os principais sintomas, riscos e formas de tratamento da condição.
Entenda o que é a síndrome nefrótica
De acordo com a Dra. Marina, a síndrome nefrótica não é uma doença isolada, mas um conjunto de sintomas decorrentes de alterações nos rins. O principal sinal é a perda excessiva de proteínas pela urina, o que resulta em inchaços (edemas), principalmente nos olhos e nas pernas.
Outros sintomas comuns incluem:
Espuma na urina (espumúria), parecida com detergente na água;
Cansaço extremo;
Falta de ar;
Pressão alta.
Esses sintomas aparecem porque os rins, ao perderem proteína, comprometem diversas funções no corpo.
Diagnóstico e exames necessários
O diagnóstico da síndrome geralmente se inicia com exames simples:
Urina comum ou de 24 horas;
Exames de sangue;
E, em muitos casos, biópsia renal.
Segundo a especialista, a biópsia é fundamental em adultos para identificar a causa exata da síndrome, já que ela pode estar relacionada a doenças como:
Diabetes;
Lúpus;
Doença de Berger;
Glomerulopatias.
Tratamento depende da causa e costuma ter boa resposta em crianças
O tratamento da síndrome nefrótica varia de acordo com a causa. A Dra. Marina explica que corticoides em altas doses e medicamentos imunossupressores são os mais usados.
“Em crianças, como no caso da filha do cantor Júnior, a maioria das causas responde bem aos corticoides. Já nos adultos, a investigação precisa ser mais profunda”, detalha a médica.
Apesar de poder surgir em qualquer idade, algumas causas são mais frequentes em faixas etárias específicas. Em casos raros, a síndrome pode ter origem genética, especialmente quando aparece antes de 1 ano de idade.
Atenção aos sinais: não há prevenção, mas há tratamento
A especialista reforça que não existe uma forma de prevenção universal. Porém, quem já tem histórico de doença renal deve manter o acompanhamento regular.
Fique atento aos sinais de alerta:
Inchaço nos olhos ou pernas;
Espuma na urina;
Cansaço constante;
Falta de ar;
Pressão alta.
“O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são fundamentais para garantir o melhor prognóstico”, reforça a Dra. Marina.