Santa Catarina vive um fenômeno raro no Brasil: cresce atraindo gente, capital e projetos ao mesmo tempo. Não por acaso, o estado se tornou o principal destino de migrantes internos, impulsionado por qualidade de vida, paisagens naturais e uma economia diversificada. Em Florianópolis, esse movimento é ainda mais evidente — quase 40% da população já vem de outros estados, segundo o IBGE. Esse dado, por si só, não é apenas demográfico. Ele é econômico, urbano e estratégico.
Crescer traz oportunidades, mas também desafios. Mais pessoas significam mais demanda por moradia, mobilidade, serviços e infraestrutura. E é nesse ponto que o mercado imobiliário deixa de ser apenas construção de prédios e passa a ser construção de cidade. Entender esse novo ciclo exige dados, leitura de cenário e, principalmente, articulação entre quem investe, quem desenvolve e quem pensa o futuro urbano.
É nesse contexto que surge o Floripa Invest, iniciativa do grupo Dimas que propõe algo além do óbvio: criar uma comunidade para discutir finanças, economia e mercado imobiliário com profundidade, visão de longo prazo e base técnica. O primeiro encontro, realizado na Casa Dimas, reuniu nomes do mercado financeiro e de análise de comportamento do investidor, mostrando que a proposta vai muito além do networking tradicional.
A capital catarinense vive um momento singular de valorização imobiliária, especialmente em bairros e projetos estratégicos. Esse movimento, quando bem direcionado, pode gerar retornos acima da média nacional e estadual. Mas há um ponto-chave aqui: valorização sustentável não nasce do acaso. Ela nasce de decisões bem informadas, concorrência qualificada e projetos alinhados com o perfil real de quem vive — ou quer viver — na cidade.
Ao reunir investidores de alto poder aquisitivo e promover debates baseados em métricas, dados e experiências práticas, o Floripa Invest eleva o nível da discussão. Mais concorrência qualificada significa melhores projetos, produtos mais aderentes às necessidades do público e, no fim, uma cidade melhor estruturada. É uma lógica simples, mas pouco aplicada no Brasil.
Há também um elemento essencial nessa proposta: olhar para fora. Trazer cases internacionais, entender o que funcionou — e o que falhou — em outras cidades, e adaptar essas experiências à realidade local. Não se trata de copiar modelos, mas de provocar reflexões. Como Florianópolis pode crescer sem perder qualidade de vida? Como os empreendimentos podem ser aliados — e não vilões — desse processo?
O mercado imobiliário, seja para moradia, uso ou lazer, sempre será um investimento. A diferença está em como esse investimento é pensado. Quando há alinhamento entre interesse do investidor, expectativa do cliente e desenvolvimento urbano, todos ganham: moradores, empresas e a própria cidade.
O Floripa Invest nasce, portanto, como um sinal de maturidade do mercado catarinense. Um movimento que reconhece que crescimento não pode ser improvisado — precisa ser planejado, discutido e construído em conjunto. Florianópolis está mudando.

