
Priscila Loch
Florianópolis
Foram 22 partidas na ‘corda bamba’. A chance de permanecer na elite do futebol catarinense em 2009 era considerada bastante remota. Afinal, antes de entrar em campo ontem, às 16 horas, o Atlético Tubarão ainda estava na zona de rebaixamento. Aliás, foi assim durante toda a competição, no turno (quando não venceu uma partida sequer) e no returno.
O placar de 1 a 0 sobre o Guarani, de Palhoça, trouxe alívio aos jogadores, dirigentes e torcedores tubaronenses. O descrédito foi inevitável em alguns momentos, mas o pequeno ‘fio de esperança’ imperou assim que o Atlético conseguiu balançar as redes, no Estádio Orlando Scarpelli, e manter o placar até o último segundo de jogo.
O finalzinho de jogo, diga-se de passagem, foi o mais dramático para quem acompanhou a campanha do clube em todo o Catarinense – afinal, quem conseguiu esquecer as vezes em que o time cedeu a virada quase na hora do apito final?
A vitória e a garantia de permanência na Divisão Principal era fundamental para resgatar a auto-estima do grupo depois de tantos ‘pepinos’. Salários atrasados, discussões, arbitragens duvidosas e até mesmo estado de greve deram lugar à incondicional alegria de continuar entre os melhores clubes do estado, apesar de tantos ‘agouros’ e críticas.
O gol da partida foi marcado pelo atacante Carlinhos, aos quatro minutos do primeiro tempo. Mas o jogador não foi o único herói. As glórias também são do técnico Arnaldo Lira, do diretor de futebol Roberto Luiz Rodrigues, do grupo de jogadores, do presidente Pedro Almeida, do ex-presidente Clovis Damaceno Paz, da torcida, da imprensa, dos empresários…