Geovania de Sá apoia CPI para investigar fraudes no INSS

FOTOS Câmara Federal Divulgação Notisul

A deputada federal catarinense Geovania de Sá (PSDB), representante do Sul do Estado, é uma das signatárias da proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar fraudes bilionárias no INSS. O requerimento foi protocolado nesta quarta-feira (30) na Câmara dos Deputados, com o apoio de 185 parlamentares – 15 a mais que o mínimo necessário. A investigação quer esclarecer como mais de R$ 6,3 bilhões foram desviados por meio de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, entre 2019 e 2024.

Deputada Geovania exige justiça para aposentados

Geovania de Sá destacou que o rombo bilionário é um desrespeito aos brasileiros que trabalharam a vida inteira. Segundo ela, a CPI é uma resposta necessária à população, especialmente aos aposentados que foram lesados com descontos não autorizados e documentos falsificados.

“Assinei essa CPI porque os aposentados foram lesados. Eles merecem justiça, e o Brasil precisa saber quem permitiu e quem se beneficiou desse absurdo”, afirmou a deputada.

Desvios envolveram sindicatos e associações

As investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União apontam que ao menos 11 entidades sindicais e associações participaram do esquema fraudulento. As acusações envolvem crimes como:

  • Corrupção ativa e passiva
  • Lavagem de dinheiro
  • Violação de sigilo funcional
  • Falsificação de documentos
  • Organização criminosa

As irregularidades consistiam principalmente em mensalidades cobradas sem autorização dos beneficiários.

Oposição cobra afastamento do ministro da Previdência

O autor do requerimento da CPI, deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), pediu o afastamento do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Alega que a permanência do ministro pode atrapalhar as investigações. O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), também reforçou a necessidade de medidas rápidas e duras por parte do governo.

CPI pode ser instalada nos próximos dias

Com o apoio necessário garantido, a proposta de CPI aguarda agora espaço na agenda da Câmara. O regimento interno permite apenas cinco CPIs em andamento ao mesmo tempo, e no momento, nenhuma está ativa. Caso seja instalada, a comissão terá duração inicial de 120 dias para investigar os responsáveis e propor novas medidas de controle.