A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, um homem de 23 anos durante operação realizada na manhã desta terça-feira (18) contra uma rede de supostos envolvidos no jogo Baleia-Azul, que induziria jovens ao suicídio via internet. Matheus Silva é suspeito de ser um dos “curadores” (coordenadores) desse crime nas redes sociais.
A operação, batizada Aquarius, também cumpre mandados de busca e apreensão em 20 municípios de nove Estados brasileiros. A investigação é da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil fluminense. Ela foi iniciada a partir de denúncias de pais de jovens supostamente envolvidos no jogo, presumivelmente surgido na Rússia.
Santa Catarina
No Estado de Santa Catarina, a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (DIPC), em conjunto com outras Delegacias, cumpriu mandados de busca nos municípios de Florianópolis, Chapecó, São José, Joinville e Araquari. Durante o cumprimento dos mandados em SC, os policiais apreenderam documentos e dispositivos que apontavam para a prática e estímulo do jogo. Dos cinco municípios, em Chapecó, três endereços foram vistoriados. Na cidade, uma menina de 13 anos estava sendo vítima do desafio. Em Joinville, uma pessoa de 18 anos assumiu ser uma “curadora” do jogo. E um adolescente de 14 anos, em São José, é ainda investigado. Outras investigações continuam. Ao todo, os mandados são cumpridos em SC, RJ, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe, Paraíba, Pará e Minas Gerais.
A polêmica do Baleia-Azul
Induzir, instigar ou auxiliar suicídio é crime, punido no Brasil com reclusão (prisão) de dois a seis anos se a morte se consumar, ou de um a três anos, se da tentativa resultar lesão corporal grave.
A pena pode ser duplicada se o crime for praticado por “motivo egoístico” ou se a vítima for menor de idade ou se tiver a capacidade de resistência diminuída, por qualquer motivo.