O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (30) que compreende a “inquietação” do mercado diante do risco fiscal. Ele adiantou que a equipe econômica deve apresentar cortes nos gastos obrigatórios nas próximas semanas, provavelmente via Proposta de Emenda à Constituição (PEC), com o objetivo de manter o arcabouço fiscal e evitar um aumento da dívida pública.
Pressão do mercado gera incerteza fiscal
A tensão no mercado, resultante da demora na apresentação de um plano econômico, já se reflete na alta do dólar, na queda da Bolsa de Valores e no aumento dos juros futuros. O ministro Haddad destacou que essa pressão é gerada pela incerteza sobre os próximos passos do governo em relação ao controle de despesas. Medidas de cortes devem ser apresentadas nas próximas semanas, com foco em evitar o descontrole do arcabouço fiscal e o crescimento da dívida, enquanto dólar, bolsa e juros permanecem sob pressão à espera de definições.
Convergência com a Casa Civil para propostas de corte de gastos
Em reunião recente com o presidente Lula e a Casa Civil, Haddad relatou que houve uma “convergência importante” quanto às medidas a serem propostas. As novas propostas visam controlar o crescimento das despesas obrigatórias para que o governo mantenha a sustentabilidade fiscal.
Pacote estrutural para modernizar as políticas públicas
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, indicou que a equipe preparou um “pacote consistente”, aguardando o aval do presidente para anúncio em novembro. Tebet destacou que a intenção é preservar direitos e focar na modernização das políticas públicas, iniciando uma série de ajustes estruturais.