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Haddad entrega a Lula plano contra tarifaço dos EUA

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entrega nesta quarta-feira (6) ao presidente Lula o plano de resposta ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida busca proteger especialmente os pequenos exportadores.

O documento, que deverá ser formalizado por meio de uma Medida Provisória (MP), traz ações emergenciais para conter os impactos econômicos causados pela elevação abrupta de tarifas sobre exportações brasileiras determinada pelo presidente norte-americano Donald Trump.

Segundo Haddad, o foco está em conceder crédito facilitado às empresas mais afetadas e ampliar as compras governamentais de produtos que perderam espaço no mercado externo. “Será um plano muito detalhado para começar a atender, sobretudo, aqueles que são pequenos e não têm alternativas à exportação para os EUA”, destacou o ministro.

Medida Provisória entra em vigor imediata

O texto já está pronto e será encaminhado ainda hoje ao Palácio do Planalto. A expectativa é de que a MP entre em vigor imediatamente, permitindo a implementação rápida das medidas previstas.

“Ontem nós procuramos entender a encomenda do presidente em relação ao detalhamento. Dissemos que a questão empresa por empresa não precisa ser tratada em lei, mas pode ser regulamentada”, explicou Haddad.

A preocupação central do governo é com a proteção da soberania nacional diante do que classificam como interferência inaceitável dos EUA no Judiciário brasileiro. Haddad também reforçou a importância de uma união nacional para enfrentar o cenário, cobrando protagonismo de governadores e empresários, inclusive da oposição.

União contra pressão externa

“O Executivo está zelando pelo interesse nacional”, disse o ministro, ao criticar a atuação de forças políticas brasileiras em Washington contrárias aos interesses do país. “Temos de botar o dedo nessa ferida de uma vez por todas”, afirmou, citando como exemplo uma entrevista recente do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro com ataques aos poderes constituídos.

Haddad também mencionou declarações de líderes da extrema-direita que, segundo ele, estariam se esforçando para “continuar atrapalhando o país”.

Reunião com EUA marcada

Uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, está agendada para o dia 13 de agosto. A depender do andamento do diálogo, o encontro poderá evoluir para uma reunião presencial visando o entendimento entre os dois países.

O ministro destacou que o Brasil, como parte de um bloco econômico sul-americano, deve ser tratado com equidade. “O Brasil não pode ser tratado diferentemente do Paraguai, Uruguai, Argentina ou Bolívia. É um bloco econômico, assim como a União Europeia”, defendeu.

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