A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu nesta sexta-feira (11) um homem investigado por promover rifas ilegais em redes sociais. A prisão ocorreu em Palhoça, após mandado expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca, com base em denúncia oferecida pela 7ª Promotoria de Justiça. O caso envolve sorteios fraudulentos com prêmios de alto valor, prática considerada jogo de azar, além de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Investigação começou após alerta da Receita Federal
A investigação foi iniciada no fim de 2023, quando a Receita Federal encaminhou informações à Polícia Civil apontando que o suspeito realizava sorteios irregulares no Instagram. Ele oferecia veículos e outros bens como prêmios, violando a legislação brasileira que proíbe jogos de azar e sorteios não autorizados.
- Prêmios oferecidos incluíam carros, motos e jetskis
- Atividade era divulgada por meio de perfis nas redes sociais
- Receita identificou movimentações financeiras suspeitas
Operação resultou na apreensão de bens de luxo
Em fevereiro de 2024, a Delegacia de Homicídios de Palhoça e a Delegacia de Combate a Estelionatos da Capital cumpriram três mandados de busca e apreensão. Foram bloqueados valores em contas bancárias — até R$ 400 mil por investigado — e apreendidos bens de alto valor:
- Range Rover Evoque
- Motocicleta CBR-1000RR
- Dois jetskis
- BMW/320
- Caminhonete VW/Amarok
Esses bens seriam adquiridos com recursos oriundos das rifas ilegais, segundo a investigação.
Polícia conclui inquérito e identifica tentativa de ocultação de valores
O inquérito foi finalizado em outubro de 2024 e enviado ao Ministério Público, que apresentou denúncia pelos crimes de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro e associação criminosa. As apurações revelaram que o investigado usava os lucros para adquirir bens e movimentar quantias em diferentes contas, com o objetivo de esconder a origem do dinheiro.
A Polícia Civil reforça que segue atenta a crimes digitais, especialmente aqueles que se utilizam das redes sociais para enganar a população e movimentar valores de forma ilícita.