Início Política Hugo Motta descarta anistia ampla para condenados do 8 de janeiro

Hugo Motta descarta anistia ampla para condenados do 8 de janeiro

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (14) que não vê clima no Parlamento para aprovar uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos no 8 de janeiro.

Em entrevista à GloboNews, Motta destacou que a discussão na Casa tem avançado para um projeto alternativo, voltado à revisão de penas para participantes que não tiveram papel central nas invasões às sedes dos Três Poderes.

“Eu não vejo dentro da Casa um ambiente para anistiar quem planejou matar pessoas. Há sensibilidade para casos de penas altas aplicadas a quem teve participação secundária, permitindo progressão para regimes mais brandos”, afirmou.

Projeto alternativo

Segundo Motta, a proposta alternativa pode encontrar mais apoio tanto na oposição quanto na base governista. A ideia é que a discussão seja feita em diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Supremo Tribunal Federal (STF), sem decisões “na calada da noite”.

Dados do STF apontam que, dos mais de 1,4 mil presos pelos atos do 8 de janeiro, 141 seguem detidos e 44 cumprem prisão domiciliar.

Operação Punhal Verde Amarelo

As investigações da Polícia Federal revelaram um plano, batizado de Punhal Verde Amarelo, que previa o assassinato de autoridades, incluindo o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, como parte de uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Caso Eduardo Bolsonaro

Motta também comentou a situação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março, após pedir licença do mandato. O presidente da Câmara disse discordar da postura do parlamentar, que tem defendido sanções econômicas dos EUA contra o Brasil.

“Quando parte para uma atuação contra o país que prejudica empresas e a economia, eu não acho razoável […] isso traz prejuízos consideráveis e não deveria estar em discussão”, declarou.

Segundo Motta, até mesmo dentro do PL e da direita há insatisfação com a postura de Eduardo Bolsonaro, considerando-a “indefensável” e contrária ao interesse nacional.

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