Início Geral IML libera 89 corpos de mortos na operação Contenção no Rio

IML libera 89 corpos de mortos na operação Contenção no Rio

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro já liberou 89 dos 99 corpos identificados entre os 117 civis mortos na Operação Contenção. A megaoperação, realizada em comunidades do Complexo da Penha e do Alemão, também deixou quatro policiais mortos. O trabalho de identificação deve ser concluído até o fim de semana.

Governo e Polícia Civil detalham ação

Segundo o governo estadual, 78 das 99 pessoas identificadas tinham histórico criminal, e 42 possuíam mandados de prisão em aberto. A Secretaria de Segurança informou que ainda não é possível confirmar se esses mandados foram expedidos especificamente para esta operação ou em ações anteriores.

A Polícia Civil prepara um relatório de inteligência com centenas de páginas, reunindo informações sobre os suspeitos mortos e a estrutura das facções nos complexos envolvidos.

Ação do Ministério Público e perícia independente

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-Geral de Direitos Humanos e Proteção à Vítima, acompanha a liberação dos corpos e realiza uma perícia independente. O trabalho conta com oito profissionais e supervisão direta de um promotor de Justiça.

O governo federal também enviou 20 peritos da Polícia Federal para reforçar as investigações e apoiar os trabalhos de segurança pública no estado, conforme anunciou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Mandados e alvos da megaoperação

A Operação Contenção tinha como objetivo conter o avanço do Comando Vermelho e cumprir 180 mandados de busca e apreensão, além de 100 de prisão. Até o momento, 20 alvos foram localizados e 15 morreram durante a ação.

O principal procurado, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, apontado como líder da facção e considerado o chefe do Comando Vermelho ainda em liberdade, segue foragido.

Denúncias e críticas à operação

Entidades de direitos humanos e organizações da sociedade civil classificaram a ação como “massacre” e “chacina”, criticando a alta letalidade da operação.
Moradores e familiares de vítimas relataram à imprensa que retiraram dezenas de corpos de áreas de mata no Complexo da Penha, muitos apresentando sinais de tortura e mutilação.

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