A Índia caminha para se consolidar como a terceira maior economia do planeta até 2028, ultrapassando Alemanha e Japão, de acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), Morgan Stanley e outras consultorias internacionais. O país já ocupa a quarta posição desde 2025.
Impulsionada por um crescimento médio estimado entre 6,2% e 6,5% ao ano, a Índia deve atingir um PIB de cerca de US$ 5,7 trilhões nos próximos três anos. O avanço é sustentado por reformas estruturais, expansão da classe média, digitalização e estabilidade macroeconômica.
População jovem e dinamismo econômico puxam o crescimento
Com uma população de mais de 1,4 bilhão de pessoas, majoritariamente jovem, e forte expansão do setor de serviços, a Índia se beneficia de um ambiente interno favorável ao consumo e ao empreendedorismo.
Setores como tecnologia da informação, manufatura e infraestrutura têm recebido investimentos bilionários, enquanto o governo indiano adota medidas para atrair capital estrangeiro e estimular a industrialização.
Desafios ainda pesam
Apesar do otimismo dos mercados, o país enfrenta gargalos significativos, como desigualdade social, déficit de infraestrutura básica, baixa escolaridade média e concentração de renda. A economia indiana também depende fortemente de petróleo importado, o que a torna sensível a variações internacionais de preço.
Ainda assim, analistas apontam que o ritmo atual de crescimento coloca a Índia em posição estratégica para liderar setores-chave do século XXI, como energias renováveis, tecnologia digital e produção farmacêutica.
Projeções de longo prazo
Relatórios de centros como o CEBR (Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial) indicam que a Índia poderá inclusive se tornar a maior economia mundial até o final do século, caso mantenha estabilidade política, amplie sua base educacional e reduza a burocracia interna.
Hoje, os três primeiros lugares são ocupados por:
Estados Unidos
China
Japão (a ser superado pela Índia até 2028)
A economia que mais cresce entre os grandes
A Índia é a única entre as cinco maiores economias com previsão de crescimento superior a 6% ao ano até o fim da década, à frente da média global.
“O que vemos na Índia é uma combinação rara de demografia favorável, estabilidade política e potencial de consumo massivo”, afirmou a economista-chefe da Morgan Stanley, Chetan Ahya.