Irã declara fim da guerra e fala em ‘grande vitória’

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O Irã declarou nesta terça-feira (24) o fim do conflito com Israel, após 12 dias de intensos combates. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, classificou o resultado como uma “grande vitória” para o país, alegando que a guerra foi imposta pelo “aventurismo” de Israel. O cessar-fogo foi mediado pelos Estados Unidos, com apoio do Catar, e entrou em vigor ainda na madrugada, segundo horário de Brasília.

A trégua foi anunciada oficialmente pelo presidente americano Donald Trump, após um fim de semana marcado por bombardeios dos EUA em instalações nucleares no Irã e ataques iranianos a uma base americana no Catar. Apesar do cessar-fogo estar em vigor, ainda há tensão na região com relatos de novos ataques e declarações provocativas entre os envolvidos.

O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, reforçou a posição firme do país ao afirmar que a nação “não é uma que se rende”. O comando militar iraniano também alertou Estados Unidos e Israel para que “aprendam com os golpes” sofridos durante os ataques, que atingiram alvos estratégicos israelenses e americanos.

Enquanto isso, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel, Eyal Zamir, confirmou o fim dos ataques ao território iraniano, mas deixou claro que a campanha contra o país persa “ainda não acabou”. Segundo ele, Israel agora volta seu foco para a Faixa de Gaza, onde o país segue em guerra contra o Hamas desde 2023.

O espaço aéreo iraniano, que estava fechado desde o início do conflito, deve ser reaberto ainda nesta terça-feira, segundo autoridades de Teerã. No entanto, o tráfego aéreo permanece restrito, com voos operando sob autorização especial.

O papel dos Estados Unidos e do Catar foi crucial na negociação. Trump anunciou o cessar-fogo após conversas com o premiê israelense Benjamin Netanyahu e com a intermediação do primeiro-ministro do Catar. O Irã teria aceitado a trégua sob condição de não sofrer novos ataques. Participaram das tratativas altas autoridades americanas, incluindo o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff.

Apesar do anúncio de trégua, a situação segue instável e observadores internacionais alertam que qualquer novo ataque pode romper o acordo.