A crise financeira do Atlético Mineiro se agravou nos últimos dias com a entrada de jogadores na Justiça para cobrar salários, FGTS e direitos de imagem atrasados. A situação causou tensão nos bastidores e expôs o momento delicado do clube, que acumula dívidas estimadas em R$ 1 bilhão.
O caso mais emblemático é o do atacante Rony, que chegou a solicitar judicialmente a rescisão unilateral de contrato com o Galo, alegando atrasos significativos nos pagamentos. Após negociação com a diretoria, ele recuou do processo após promessa de quitação das pendências.
Outros jogadores notificam o clube
Além de Rony, Gustavo Scarpa, Igor Gomes e Guilherme Arana também notificaram o clube extrajudicialmente, cobrando atrasos nos repasses de direitos de imagem e premiações. Nenhum deles, por ora, pediu rescisão contratual.
O meia Gabriel Menino, por outro lado, negou ter tomado qualquer medida legal e afirmou que questões financeiras estão sendo tratadas internamente.
Clubes admite atrasos, mas diz que salários estão em dia
A diretoria do Atlético-MG confirmou atrasos de até dois dias em parcelas de direitos de imagem, mas garantiu estar com salários e depósitos de FGTS regularizados. Mesmo assim, o clima é de insatisfação no elenco.
Segundo a legislação esportiva brasileira — incluindo a Lei Pelé e a Lei Geral do Esporte —, um jogador pode pedir rescisão indireta do contrato se o clube deixar de pagar salários, direitos trabalhistas ou previdenciários por dois meses consecutivos.
Postagens enigmáticas aumentam tensão
A situação extrapolou os bastidores e chegou às redes sociais. Jogadores como Lyanco e Scarpa publicaram mensagens enigmáticas no Instagram, interpretadas por torcedores e imprensa como indiretas relacionadas ao momento do clube. As postagens ampliaram o desgaste interno.
Crise financeira se agrava
O Atlético enfrenta dificuldades para honrar compromissos financeiros recorrentes. Com dívidas bilionárias e redução de receitas, o clube tenta manter o elenco competitivo, mas a situação atual coloca em xeque a estabilidade do grupo e a confiança entre atletas e diretoria.