Joinville começa a soltar mosquitos com bactéria para combater dengue

Foto: Reprodução das mídias- Divulgação: Notisul Digital

Joinville, a maior cidade de Santa Catarina, começou nesta terça-feira (20) a soltar mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, que impede a transmissão de vírus como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A ação, que faz parte de uma parceria entre a prefeitura, a Fiocruz e o World Mosquito Program (WMP), visa reduzir significativamente os índices de transmissão dessas doenças na cidade até o final de 2025.

Método Wolbachia busca controlar doenças em Joinville

A bactéria Wolbachia, presente naturalmente em 60% dos insetos, impede o desenvolvimento de vírus dentro dos mosquitos Aedes aegypti. O Método Wolbachia consiste na liberação de mosquitos infectados com a bactéria para que se reproduzam com a população local, criando uma nova geração de mosquitos que não transmite os vírus.

Produção de mosquitos em biofábrica local

Os mosquitos liberados em Joinville são produzidos em uma biofábrica na própria cidade. Os ovos de Aedes aegypti são enviados do Rio de Janeiro e eclodem na biofábrica local, onde a Wolbachia é inserida nos insetos. A expectativa é que, com o tempo, a população de mosquitos com a bactéria aumente até se estabilizar, eliminando a necessidade de novas solturas.

Soltura dos mosquitos começou nesta terça-feira

A soltura dos mosquitos começou às 7h desta terça-feira, com agentes de combate a endemias utilizando um aplicativo para identificar os pontos de liberação dos insetos. Até o final de 2025, a previsão é que 3,6 milhões de mosquitos sejam liberados nas ruas de Joinville.

Joinville enfrenta altos índices de dengue

Joinville é a cidade mais afetada pela dengue em Santa Catarina, registrando 81 das 329 mortes ocorridas no estado em 2024. A iniciativa de soltar mosquitos com a bactéria Wolbachia é parte de uma estratégia mais ampla para combater a proliferação do Aedes aegypti e reduzir as mortes e casos graves de dengue na região.