FOTOS Divulgação Notisul
Estudantes do ensino médio à pós-graduação se destacam com iniciativas que educam e oferecem novas alternativas para tratar vítimas de queimaduras.
Da universidade ao ensino médio, conhecimento que transforma
Eles ainda estão aprendendo, mas já mostram que podem ensinar — e muito. Jovens de diferentes níveis de ensino, do fundamental à pós-graduação, estão envolvidos em projetos que atuam diretamente na prevenção de queimaduras e inovação no tratamento de vítimas, levando informação e criando soluções acessíveis que podem salvar vidas.
Um dos exemplos mais inspiradores é o Projeto Restaura, criado em 2020 como programa de extensão da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Sob coordenação do fisioterapeuta Juliano Tibola, o projeto tem quatro bolsistas e duas voluntárias, e trabalha com reabilitação fisioterapêutica de vítimas, capacitação de profissionais da saúde e campanhas educativas voltadas ao público infantil.
Projeto Restaura atua com prevenção e reabilitação
O foco do Restaura é tratar sequelas de queimaduras com técnicas como massagem, uso de malha compressiva e acompanhamento fisioterapêutico. As ações são personalizadas, de acordo com as queixas e necessidades de cada paciente.
A bolsista Mirella Schmoeller Nienkoetter destaca que o projeto também encaminha os pacientes para outros especialistas quando necessário. E o trabalho vai além da clínica:
“Realizamos campanhas preventivas em escolas públicas, levando o livro Aventuras de uma pipa Prevenindo Queimaduras e promovendo atividades lúdicas para as crianças”, conta.
Juliano Tibola complementa:
“Queremos que os estudantes da saúde compreendam a importância da prevenção desde o início da formação. Prevenir ainda é o único caminho para que ninguém precise passar por isso.”
Adolescente desenvolve pele artificial premiada

Outro exemplo vem do Maranhão. Sofia Mota Nunes, de apenas 16 anos, já foi premiada 10 vezes com um projeto de pele artificial para regeneração celular. A invenção utiliza biomateriais de baixo custo e tem potencial de substituir curativos convencionais no tratamento de queimaduras de 2º e 3º grau.
O projeto foi desenvolvido com orientação do professor Carlos Fonsca, da Escola Santa Teresinha. Sofia explica:
“Os tratamentos atuais são caros e cheios de limitações. Eu quis criar algo acessível, eficaz e menos doloroso para quem sofre com queimaduras.”
Ela já iniciou o processo de patente da invenção e espera, em breve, ver sua criação ajudando pessoas em larga escala.
Iniciativas reforçam papel transformador da educação
Para Juliano Tibola, iniciativas como a de Sofia mostram o poder que os jovens têm quando incentivados:
“Eles trazem ideias novas e agregam às ações de prevenção. São sementes que transformam o futuro da saúde pública.”
Projetos como esses mostram que educação, ciência e solidariedade caminham juntas e podem gerar um impacto real e duradouro na vida das pessoas.