O humorista Léo Lins foi condenado nesta terça-feira (3) a oito anos e três meses de prisão por publicar conteúdo preconceituoso em um show de stand-up. O vídeo foi gravado em 2022 e mostrava piadas ofensivas contra diversos grupos vulneráveis. A sentença é resultado de uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2023. Além da prisão, o comediante foi multado e deverá pagar uma indenização por danos morais coletivos.
A decisão foi assinada pela juíza Barbara de Lima Iseppi, da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Segundo a magistrada, o grande alcance do vídeo e a variedade de grupos atingidos agravaram a pena. A juíza afirmou ainda que a liberdade de expressão não pode ser usada como justificativa para disseminar discurso de ódio.
Conteúdo ofensivo viralizou antes de ser removido
O vídeo ficou disponível na internet até agosto de 2023, quando foi retirado do ar por ordem judicial. Na época, já havia sido visualizado por mais de 3 milhões de pessoas. Nele, Léo Lins fazia piadas com negros, indígenas, obesos, pessoas com HIV, homossexuais, evangélicos, judeus, nordestinos, idosos e pessoas com deficiência.
Humorista já havia se envolvido em outras polêmicas
Essa não foi a primeira vez que Léo Lins enfrentou críticas e processos por piadas consideradas ofensivas. Em 2022, ele foi condenado a pagar R$ 44 mil de indenização após ofender a mãe de um jovem autista nas redes sociais. No mesmo ano, também foi alvo de críticas por uma piada sobre uma criança com hidrocefalia.
Espetáculo foi cancelado em 2021 após polêmica com prefeitura
Em 2021, a Prefeitura de Guarujá cancelou um show do comediante após ele divulgar piadas envolvendo a cidade. Segundo o humorista, a medida foi uma forma de censura. Já a administração alegou problemas técnicos no local do evento