O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve participar de duas reuniões diplomáticas nesta terça-feira (16), durante a cúpula do G7, em Kananaskis, no Canadá. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, Lula deve conversar com o primeiro-ministro canadense Mark Carney e com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, embora o segundo encontro ainda não esteja confirmado oficialmente.
As agendas devem ocorrer à margem das reuniões do G7, grupo formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. O Brasil e a Ucrânia participam como convidados na chamada “sessão ampliada” do evento.
Possível reunião entre Lula e Zelensky segue indefinida
Apesar das negociações entre as equipes de Lula e Zelensky para ajustar os horários, o governo brasileiro ainda não confirmou o encontro. Há expectativa de que o diálogo aconteça de forma paralela aos compromissos oficiais da cúpula, em uma tentativa de suavizar as tensões diplomáticas entre os dois países.
Relação entre Lula e Zelensky é marcada por atritos
Lula e Zelensky protagonizaram episódios de desconforto desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. O presidente brasileiro já afirmou que a saída para o conflito deve ser diplomática, não militar — declaração que não agradou o líder ucraniano.
Zelensky, por sua vez, chegou a declarar que Lula “não é mais um player” nas negociações de paz, reforçando o atrito entre os dois. Mesmo assim, ambos já se encontraram anteriormente em Nova York e mantiveram contato por telefone, embora Lula ainda não tenha aceitado um convite para visitar Kiev.
Brasil e China se oferecem para mediar conflito, sem avanços
Lula defende que o fim da guerra deve envolver tanto a Ucrânia quanto a Rússia em um diálogo direto. O Brasil, ao lado da China, já se colocou à disposição para mediar a negociação de paz — mas até agora, sem avanços concretos.
A última visita internacional de Lula envolvendo o tema foi à Rússia, onde se encontrou com o presidente Vladimir Putin, reforçando seu papel como possível mediador, mesmo sob críticas da comunidade internacional.