Mais de um milhão sofrem com a doença

O reumatologista Glauco Schmitt afirma que o diagnóstico pode ser feito por meio de histórico clínico e exames complementares. - Foto: Francine G. de Andrade/Ortoimagem/Divulgação/Notisul.
O reumatologista Glauco Schmitt afirma que o diagnóstico pode ser feito por meio de histórico clínico e exames complementares. - Foto: Francine G. de Andrade/Ortoimagem/Divulgação/Notisul.

Tubarão

Ainda hoje não é conhecida uma maneira eficaz de prevenção à artrite reumatoide. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são os métodos mais importante para prevenir os danos nas articulações. Bastante frequente – pesquisas recentes apontam uma prevalência de 0,46% da população – quase um milhão de pessoas enfrentam a doença.

Autoimune, inflamatória, sistêmica e crônica, é caracterizada por sinovite periférica, em especial das mãos, e por diversas manifestações extras articulares. De acordo com o reumatologista Glauco Schmitt, da Ortoimagem, em Tubarão, as causas não são conhecidas, mas muito se avançou nos últimos anos. “Hoje, sabe-se que existe uma forte influência genética, mas muitos fatores decorrentes da exposição ambiental, como tabagismo e infecções periodontais contribuem com a doença”, destaca.

Os sintomas são variáveis quanto a sua apresentação. O reumatologista explica que a forma mais comum é o acometimento de múltiplas articulações, em especial das mãos, que ficam inchadas, vermelhas, quentes e doloridas. Mas a patologia também atinge os cotovelos, ombros, joelhos e pés. “É bastante comum que pela manhã ou após períodos de longa inatividade as articulações estejam duras e difíceis de mexer”, diz.

Pode se chegar ao diagnóstico com histórico clínico e exames complementares. “Nenhum exame isoladamente, seja laboratorial, de imagem ou histopatológico, estabelece o diagnóstico”, afirma Glauco.

Tratamento
É importante que o paciente procure o mais rápido possível por tratamento, uma vez que a terapia medicamentosa intensiva iniciada precocemente previne danos estruturais e melhora a movimentação das articulações. Outros métodos de prevenção e tratamento são exercício físico regular, terapia ocupacional, órteses, fisioterapia e terapia psicológica de forma individualizada. “Sem tratamento adequado, a doença pode avançar progressivamente, determinando deformidades e dificuldade para realizar mesmo as atividades diárias, decorrentes em especial das irreversíveis erosões articulares”, acrescenta o especialista.