domingo, 27 julho , 2025

O Gênio de Rosário: Por que Messi é o Maior de Todos (e Isso Não Diminui Pelé)

Você já parou para analisar, de verdade, a carreira inteira de um gênio?

A gente fala dos maiores jogadores de futebol da história com a mesma frequência que discute o tempo. É Pelé, Messi, Cristiano, Maradona, Zidane… Todo mundo tem seu preferido, seus argumentos, aquele lance inesquecível guardado na memória.

Mas calma aí. Você já parou, sério mesmo, para dissecar a trajetória completa desses caras? Não só os highlights, os prêmios, aqueles vídeos de compilação que a gente assiste no YouTube às 2h da manhã. Estou falando de tudo: de onde vieram, como começaram, como chegaram ao auge, o que conquistaram, como evoluíram, o que representam hoje.

É exatamente isso que vamos fazer agora. E o nome da vez é Lionel Andrés Messi Cuccittini.

O Garoto Franzino que Virou Dono do Futebol

Messi nasceu em Rosário, Argentina, em 1987. Aos 11 anos, foi diagnosticado com deficiência de hormônio de crescimento. Imagina só: um menino que sonhava em ser jogador e que literalmente não crescia. Os médicos disseram que sem tratamento hormonal, ele não passaria de 1,50m. O custo? Cerca de US$ 1.500 por mês, uma fortuna para a família Messi.

O River Plate rejeitou. O Newell’s Old Boys, onde ele jogava, também não quis pagar. Foi aí que entrou na história uma das apostas mais certeiras do futebol: o Barcelona. Em 2000, o técnico Carles Rexach viu o garoto jogar e literalmente assinou um pré-contrato num guardanapo. Não é lenda, é fato.

Chegou em Barcelona aos 13 anos, sozinho, deixando família e amigos para trás. La Masia virou sua casa, seus colegas da base viraram sua família. Mas não foi fácil,  sofreu com a adaptação, chorava de saudade, quase desistiu várias vezes.

Estreou profissionalmente em 2004, aos 17 anos, entrando no segundo tempo contra o Espanyol. Parecia uma criança no meio de gigantes, mas já dava para ver que havia algo especial naquele pé esquerdo. Em maio de 2005, marcou seu primeiro gol profissional contra o Albacete, tornando-se o mais jovem a marcar pelo Barça naquela época.

Em 2009, aos 22 anos, ganhou sua primeira Bola de Ouro. E aí começou uma sequência histórica: quatro Ballon d’Or consecutivos (2009-2012). Em 2012, quebrou o recorde de Gerd Müller com 91 gols em um ano, um recorde que parecia impossível de ser batido.

Mas nem tudo foram flores. Durante anos, Messi carregou o peso de não conseguir títulos com a Argentina. Perdeu quatro finais seguidas: Copa do Mundo 2014, Copa América 2007, 2015 e 2016. Após a derrota na Copa América Centenário, em 2016, ele fez algo impensável: anunciou aposentadoria da seleção. “Não posso mais, tentei de tudo”, disse chorando.

A pressão era tanta que até os próprios argentinos o criticavam. Chamavam de “pecho frío” (peito frio), diziam que só sabia jogar no Barcelona, que Maradona era maior. Doía. E muito.

Mas em 2021, aos 34 anos, finalmente quebrou a maldição: conquistou a Copa América no Brasil, em plena pandemia, chorando como uma criança. E em 2022? Ah, 2022 foi a coroação. Copa do Mundo no Qatar, sendo protagonista absoluto, chorando de novo, mas dessa vez de felicidade pura.

Hoje, aos 37 anos, está no Inter Miami revolucionando o futebol americano. Quando chegou, o clube valia US$ 600 milhões. Hoje? US$ 1,2 bilhão. Só de existir ali.

Os números falam por si só:

  • 778 jogos e 672 gols pelo Barcelona
  • 35 títulos, 4 Champions, 10 La Ligas, 7 Copas do Rei
  • 8 Ballon d’Or (recorde absoluto)
  • Em 2012, o recorde insano de 91 gols em um único ano

Mas não foi só isso. Com o tempo, ele virou líder. 

Pelé é o Maior. Messi é o Melhor. E Tem Diferença Nisso.

Agora vamos ao comparativo que todo mundo quer saber.

Pelé não só brilhou, ele transformou o futebol.

Na época em que o rádio era a única transmissão e estádio era a única tela, Pelé fez o mundo se apaixonar por um esporte ainda em construção. Ele foi o primeiro ídolo global do futebol, numa era sem internet, sem redes sociais, sem replay em alta definição. Só talento puro.

Pelé não apenas jogava, ele criou o espetáculo.

Os números do Rei: 

⚽ Mais de 1.200 gols (com mais de 760 oficiais) 

Três Copas do Mundo (1958, 1962, 1970), ninguém mais conseguiu isso 

Carregou o Santos pelo mundo, enfrentando gigantes europeus em excursões históricas 

Fez o futebol virar produto internacional antes mesmo da Champions existir como conhecemos.

Pelé é o maior por tudo que simboliza, criou e carregou.

Agora, Messi… Messi é o jogador mais completo da era moderna. Ele joga num futebol ultratecnológico, onde cada drible era estudado por softwares, scouts e sistemas defensivos montados só para pará-lo. E mesmo assim, fez história.

Durante anos, Messi foi o pesadelo dos adversários:

Real Madrid: 26 gols em 45 jogos nos clássicos, mais do que muitos artilheiros fazem em temporadas inteiras 

Arsenal: Destruiu os Gunners com 9 gols em 6 jogos, incluindo aquela noite mágica de 4 gols em 2010
Bayern de Munique: 8 gols em 11 jogos contra os bávaros, sempre aparecendo nos momentos decisivos 

Sevilla: 38 gols em 43 jogos , praticamente um gol por partida contra um dos times mais duros da Espanha 

Mais de 50 hat-tricks: Sendo 36 só em La Liga (recorde absoluto) 

91 gols em 2012: Um recorde que parecia impossível e que ninguém nem chegou perto de ameaçar

E não era só quantidade, era qualidade:

Técnicos criavam sistemas inteiros só para tentar pará-lo. José Mourinho chegou a escalar 3 jogadores para marcá-lo em clássicos. Não adiantava. Ele sempre achava um jeito.

O que Messi conquistou: Ganhou quase tudo: Copa do Mundo, Champions, Bola de Ouro (8x), La Liga, Copa América…(Quase, afinal, ele não tem nenhum BRASILEIRÃO no currículo, o campeonato mais emocionante do planeta Terra).

Manteve o mais alto nível por quase duas décadas, quebrou recordes de gols, assistências, títulos e longevidade, mesmo com mapa de calor, marcação tripla e estudo tático, continuou sendo genial.

Messi é Diferente. E Isso Faz Toda a Diferença.

Messi não é só um gênio técnico. Ele é um gênio adaptável. Mesmo com tudo o que existe hoje, estatísticas avançadas, inteligência artificial, esquemas táticos complexos, ele segue sendo inalcançável.

Messi joga com liberdade. Joga bonito. Joga com malemolência, com aquele drible que parece mais dança do que ação. É diferente do Cristiano Ronaldo, por exemplo, que é performance pura, explosão, disciplina, entrega.

Não é que Messi não tenha isso, ele tem. Mas ele tem tudo isso com arte.

E é aí que ele encanta, que se destaca mesmo entre tantos gênios da geração atual. Ele é o único que ainda parece latino em campo, sabe? Com ginga, com improviso, com instinto.

Pelé? Pelé era uma mistura dos dois. Tinha a raça, a potência, o físico do Cristiano. Mas também tinha o improviso, a inteligência, a beleza do jogo como Messi.

Se Messi e Cristiano são duas metades, Pelé talvez seja o todo que veio antes de tudo.

Mas ainda assim…Messi é melhor.

(Talvez porque eu nasci muito tarde pra sentir a emoção de Pelé jogar, mas sou eu falando bem de um argentino, valorizem hehehe)

Porque fez tudo com mais concorrência, mais visibilidade, mais pressão, e ainda assim com mais magia.

Sem Pelé, talvez nem existisse esse “hoje” do futebol. Pelé é o maior por tudo que simboliza e criou.

Messi é o melhor pelo que jogou, conquistou e superou.

São grandezas diferentes. Mas igualmente históricas.

E só para lembrar… vocês podem até comparar mas nunca esqueçam que, em 2007, teve um certo brasileiro chamado Kaká que colocou os Messi e CR7 em 2º e 3º na disputa de melhor do mundo.

P.S.: E se você ainda tem dúvidas sobre a grandeza do Messi, lembre-se de uma coisa: o cara fez um garoto de 18 anos como o Estêvão tremer as pernas só com uma piscadela no Mundial de Clubes. Essa é a definição de lenda viva.

 

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