O pop vive uma nova era em 2025. Autêntico, despretensioso e conectado à vida real, o gênero vem sendo reinventado por artistas como Charli XCX e Sabrina Carpenter, duas das vozes mais influentes e carismáticas da música atual. Elas representam uma virada cultural: menos perfeição e mais verdade, menos espetáculo e mais conexão.
A nova geração do pop deixa para trás o brilho impecável dos anos 2010 e aposta em uma estética que mistura ironia, vulnerabilidade e empoderamento — elementos que se tornaram marcas registradas da cultura pop contemporânea.
Charli XCX: o pop experimental que virou mainstream
Com o álbum Brat (2024), Charli XCX consolidou sua posição como uma das artistas mais inovadoras da década. O disco, que estreou em terceiro lugar nas paradas globais e se tornou fenômeno de streaming, combina batidas de hiperpop, música eletrônica e letras que oscilam entre o humor e a melancolia.
Os hits “360” e “Guess” dominaram as playlists, e o projeto ganhou uma versão remix (Brat and It’s the Same But There’s Three More Songs So It’s Not), que expandiu ainda mais o universo sonoro da artista.
Charli se destacou também por suas apresentações explosivas no Primavera Sound 2025, em Barcelona, e por levar para o Grammy uma performance que mesclou performance artística e rave futurista.

Mais do que uma cantora, ela se tornou um símbolo da autonomia feminina na indústria musical — produzindo, dirigindo e controlando todos os aspectos de sua carreira.
“O pop sempre foi sobre expressão, mas hoje é também sobre controle criativo. Eu quero decidir o que soa como Charli XCX”, declarou à Rolling Stone.
Sabrina Carpenter: ironia e carisma no topo das paradas
Enquanto Charli desconstrói o pop por dentro, Sabrina Carpenter o reconstrói com charme e inteligência. A cantora, que começou sua carreira na Disney, amadureceu artisticamente com os álbuns Emails I Can’t Send (2022) e Short n’ Sweet (2024), alcançando sucesso global com faixas como “Espresso” e “Please Please Please”.

Em 2025, ela foi reconhecida pela Variety como Hitmaker do Ano e figura entre as artistas mais ouvidas do Spotify. Seu estilo mistura humor ácido, sensualidade e vulnerabilidade emocional — uma combinação que conquistou o público jovem e a crítica.
Sabrina transformou o pop em um espaço de autenticidade e ironia. Sua imagem, cuidadosamente natural, reflete a geração TikTok, que valoriza a espontaneidade e o contato direto com os artistas.
“Não quero ser perfeita, quero ser eu — e isso é o suficiente para fazer música que as pessoas sintam”, disse em entrevista recente.
Pop de 2025: humor, vulnerabilidade e conexão real
O sucesso de Charli e Sabrina marca um ponto de virada. O pop de 2025 é feito para dançar, rir e pensar. Ele reflete uma geração que lida com a ansiedade digital, as redes sociais e o desejo de ser autêntica em meio à performance constante.
Plataformas como TikTok e Instagram Reels desempenham papel essencial nesse novo cenário. Elas aproximam fãs e artistas, democratizam a criação musical e redefinem o que significa “viralizar”.
Enquanto Charli explora o experimental, Sabrina domina o mainstream — e ambas mostram que o pop pode ser simultaneamente divertido e profundo.
Um legado que vai além da moda
Essa revolução feminina no pop não é apenas estética: é cultural e simbólica. Charli XCX e Sabrina Carpenter representam artistas que usam o entretenimento como ferramenta de expressão pessoal e coletiva.
Suas músicas ecoam temas como autoaceitação, ironia diante do perfeccionismo e liberdade criativa — ingredientes que garantem a relevância dessas artistas muito além de 2025.
Ao olharmos para trás, talvez este momento seja lembrado como o início de uma nova era da música pop, em que vulnerabilidade é poder e autenticidade é o novo luxo.

