Brasília (DF)
Na próxima terça-feira, o deputado federal Mendes Ribeiro (PMDB-RS) será empossado como ministro da agricultura. Nesta sexta-feira, ele defendeu a regulamentação da prática de lobby, um dos motivos que levou o antecessor, Wagner Rossi, a pedir demissão.
Ele foi acusado de praticar uma série de irregularidades, entre elas a suposta relação com o lobista Júlio Fróes, apontado como responsável por intermediar negócios com empresas e preparar editais e manobrar licitações.
Segundo Mendes, não se pode fazer uma associação direta entre lobby e irregularidades. “Lobista é uma coisa, ladrão é outra”, distingue Mendes. O futuro ministro disse que apresentou, na câmara dos deputados, um projeto para regulamentar a prática de lobby. Assim que for empossado, Mendes Ribeiro determinará a identificação de todas as pessoas que entrarem no Ministério da Agricultura, assim como o motivo da visita.
“Se o Júlio Fróes entrasse (no ministério), ele precisa entrar identificado”, exemplificou o novo gestor, ao ressaltar que não conhece Fróes. “O executivo tem que ter essa regulamentação do lobby, de quem pode frequentar as salas. Tem que ter câmeras e checar as gravações depois”, sugeriu.
Ainda conforme Mendes, a presidenta Dilma Rousseff (PT) garantiu que ele poderá fazer o que achar necessário para resolver os problemas da pasta. As denúncias de irregularidades, completa Mendes, serão apuradas. Ele antecipa que terá uma reunião com o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, para tratar do assunto, na próxima semana.