
O aparecimento de uma nuvem de gafanhotos nesta segunda-feira, 22, na Argentina, prejudicou severamente produções de milho e mandioca, assustando produtores rurais, e entidades do governo do país.
Segundo o monitoramento climático feito pelo Ministério da Agricultura, a onda deve seguir em direção ao Uruguai e pode chegar ao Brasil.
O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina elaborou um mapa com os locais afetados no Brasil. O mapa aponta como perigo a fronteira Oeste do Rio Grande do Sul e como precaução a fronteira Oeste de Santa Catarina.
De acordo com o Ministério da Agricultura os fatores que levaram ao ressurgimento desta praga em sua fase mais agressiva na região mais afetada, Argentina, estão sendo avaliados pelos especialistas e podem estar relacionados a uma série de fatores climáticos como temperatura, índice pluviométrico e dinâmica dos ventos.
Esta praga está presente no Brasil desde o século XIX e causou grandes perdas às lavouras de arroz na região sul do País nas décadas de 1930 e 1940. Desde então, tem permanecido na sua fase “isolada” que não causa danos às lavouras, pois não forma as chamadas “nuvens de gafanhotos”. Recentemente, voltou a causar danos à agricultura na América do Sul, em sua fase gregária (formação de nuvens).
Assista ao vídeo gravado na Argentina.