Numa rápida passada de olhos, a afirmação do título parecer ser redundante, mas não é. Pois há líderes que não querem, não gostam ou não sabem liderar, entretanto, adoram estar na chefia. Um verdadeiro paradoxo dos dias atuais.
Uma das razões é a variedade de perfis profissionais que precisam ser liderados nas empresas. São pessoas de todos os tipos, origens e formações, com capacidades e habilidades diferentes, carregando sonhos e ambições distintas. Por isso, é importante saber exatamente como liderar essas pessoas.
A dificuldade acontece porque o exercício da liderança representa, para o líder, o enfrentamento com os conflitos daí decorrentes, deixando o líder, se é que assim pode ser chamado, em uma situação, muitas vezes de extremo desconforto.
Não se ignora que liderar não é tarefa das mais fáceis, pelo menos para um grande número de pessoas, mas as lições podem ser apreendidas, desde que esteja disposto a seguir certas regras, pois uma vez que tenha aceitado a função ou o cargo, é preciso liderar. Afinal, é para isso e por isso que a função do líder está no organograma da instituição, seja ela pública ou privada, dada a sua essencialidade.
“Caso queira ter sucesso, isto é muito simples. Saiba o que está fazendo. Goste do que está fazendo. E acredite no que está fazendo”. Will Rogers, ator americano. Ou ainda: “O teste final de um líder é que ele deixe atrás de si, em outros homens, a vontade e a convicção de seguirem adiante”.
O grande problema é que as pessoas querem ser chefe, mas não querem ou não sabem liderar, preferindo colocar a culpa em outras pessoas, normalmente nos liderados, culpando-os pelos seus fracassos.
Se você é o chefe e, portanto, é um líder, precisa que essa liderança seja entendida e reconhecida. Para isso, é preciso assumir a responsabilidade pelos seus liderados.
Se isso não ocorrer, ou seja, se o líder não disser o que espera de cada um, e não oferecer as ferramentas necessárias (dar as ordens, acompanhar o desempenho, corrigir as falhas, ensinar na realização das tarefas e recompensar quando for o caso) possivelmente a tarefa não será desenvolvida e a meta não será atingida, justamente por falha na liderança.
O líder também deve ter consciência da sua posição e deixar que todos saibam que ele é o líder. Que está entre o liderado e o diretor da empresa ou do chefe imediato e que, portanto, sua liderança será avaliada através dos resultados. Pois, líder que não apresenta um resultado mensurável pode ser uma falácia, o que demonstra, na maioria das vezes que o líder não exerceu a liderança, apenas esteve líder.
Concluindo, o líder precisar liderar, saindo da sua zona de conforto, responsabilizando-se pelo ônus e sendo credor do bônus, que são as duas faces de uma mesma moeda, entretanto o líder pode contar com uma ferramenta essencial, a delegação, uma das facetas mais interessantes da liderança e que será abordada em uma próxima ocasião.