quinta-feira, 16 outubro , 2025

PF indica Jair Bolsonaro e Eduardo por coação e tentativa de golpe

A Polícia Federal (PF) informou nesta quarta-feira (20) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Atuação junto ao governo Trump

De acordo com o relatório da PF, Eduardo Bolsonaro teria atuado junto ao governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pressionar o Brasil e autoridades brasileiras. Entre as medidas de retaliação adotadas pelo governo norte-americano estão:

  • tarifaço de 50% contra importações de produtos brasileiros;

  • investigação comercial contra o sistema Pix;

  • sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes, aplicadas via Lei Magnitsky.

Trump e aliados afirmam que Bolsonaro é alvo de uma “caça às bruxas” no Brasil e acusam Moraes de censura contra redes sociais de empresas americanas.

Apoio financeiro e licenciamento

Segundo a PF, Jair Bolsonaro teria enviado recursos via Pix para custear a estadia de seu filho nos Estados Unidos, onde Eduardo permaneceu após pedir licença de 122 dias do mandato parlamentar em março, alegando perseguição política.

Um pedido de cassação contra o deputado foi encaminhado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), à Comissão de Ética, após representações do PT e do PSOL.

Julgamento do golpe em setembro

Além desse indiciamento, Jair Bolsonaro também é réu na ação penal da chamada trama golpista, que será julgada no Supremo Tribunal Federal em 2 de setembro. O processo envolve o núcleo 1, considerado pela PF e pela PGR como o de líderes do conluio para reverter o resultado das eleições de 2022 e que culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Ao todo, oito aliados de Bolsonaro estarão no banco dos réus, entre eles:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;

  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;

  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

  • Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice em 2022;

  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.

Eles respondem por crimes como:

  • organização criminosa armada;

  • tentativa de golpe de Estado;

  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

  • dano qualificado pela violência;

  • deterioração de patrimônio tombado.

Outros núcleos do processo

A exceção é Alexandre Ramagem, atual deputado federal, que teve parte do processo suspenso pela Câmara em relação a crimes posteriores à sua diplomação. Ele segue respondendo por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Os demais núcleos processados já estão em fase de alegações finais, última etapa antes do julgamento, previsto para ocorrer ainda em 2025.

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