Investigação da Polícia Civil durou 18 meses e revelou que uma família foi extorquida com ameaças, transferências bancárias e tentativa de tomada de imóvel.
Família de Criciúma foi alvo de ameaças e extorsões por 18 meses
A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR/DIC Criciúma), concluiu uma investigação que apurou uma série de extorsões cometidas contra uma família de Criciúma, sendo que parte das vítimas reside atualmente no exterior. O caso foi coordenado pelo delegado Yuri Miqueluzzi e envolveu ameaças por áudios e vídeos com conteúdo de violência e tortura, exigindo pagamentos em dinheiro e até a transferência de um imóvel.
Golpistas exigiram dinheiro e procuração para tomar imóvel
Com base em reiteradas ameaças de morte e intimidações psicológicas, os criminosos conseguiram que os familiares realizassem diversos pagamentos em contas bancárias distintas. Mesmo após o recebimento de valores expressivos, os suspeitos ainda exigiram que fosse outorgada uma procuração pública para transferir um imóvel à quadrilha. As ameaças só cessaram após a denúncia formal à Polícia Civil.
Treze pessoas foram indiciadas; maioria já tem passagem criminal
O inquérito, que levou um ano e meio para ser concluído, identificou 13 pessoas envolvidas no esquema. Três delas foram apontadas como autores diretos das extorsões. Outras dez participaram por meio do recebimento de valores ilícitos. Do total de indiciados, 11 já tinham passagem pelo sistema prisional do Rio Grande do Sul. Todos responderão por extorsão qualificada e organização criminosa. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Judiciário.
Polícia alerta para golpes que envolvem violência psicológica
A Polícia Civil reforça a importância de denunciar qualquer tentativa de extorsão, especialmente quando houver ameaças graves, como as registradas neste caso. O uso de vídeos e áudios com simulações de tortura tem sido um método comum em crimes dessa natureza, usados para gerar pânico e garantir o lucro ilícito dos criminosos.