Ponte é retirada. E agora?

Com criatividade,  José aproveita o  espaço e fez um trapiche. Foto: Silvana Lucas/Notisul
Com criatividade, José aproveita o espaço e fez um trapiche. Foto: Silvana Lucas/Notisul

Silvana Lucas
Tubarão

A novela acabou. Foram muitos anos de uma história entre dois municípios – Tubarão e Jaguaruna -, que agora estão separados pelo rio Congonhas. Da ponte, sobraram poucos pedaços de madeira (podres e encupimzados) e muitos causos para contar.

A remoção da ponte foi decidida depois que representantes dos dois municípios verificaram que, no local interditado por falta de segurança, ainda passava motoqueiros e pedestres que desrespeitavam a sinalização.
Os trabalhos de retirada da estrutura ficaram por conta de operários das duas prefeituras, que concluíram a tarefa nesta sexta-feira. Segundo o secretário adjunto de obras, transportes e serviços públicos de Jaguaruna, Manoel Martins Goulart, a parte da cidade praianaterminou nesta quinta-feira. “Concluímos a remoção do madeiral. O que estava em bom estado (quase nada) levamos para o pátio da prefeitura para reaproveitamento, o restante será descartado em aterro”, informa Manoel.

“Agora, sem carros e motos, neste vazio que ficou, aproveito para pescar umas tainhas nas águas do rio Congonhas”, conta o nostálgico chefe de sessão, em férias, José Barreto Pereira.
Para a nova construção são aguardadas a entrega do projeto e o investimento do governo do estado.

Sem sinalização

Para quem costumava ir às praias pela estrada do bairro Congonhas, em Tubarão, o caminho iniciava na avenida Pedro Zapelini, esquina com o Estádio Anibal Torres Costa, onde não há nenhuma indicação de interdição ou aviso de ponte demolida. Em todo o trajeto até as margens do rio Congonhas, o motorista não encontra placas ou qualquer tipo de aviso de interrupção da estrada. O condutor é informado se encontra pelo caminho um morador disposto a auxiliar na trajetória ou descobre tempos depois, visualmente, ao se aproximar do que antes era uma travessia, precária, mas era.