Barretos (SP)/Tubarão
Uma notícia maravilhosa do fim de semana é a boa recuperação pós-transplante de Heloísa Espíndola Leal, de 2 anos, de Tubarão, que luta pela sobrevivência praticamente desde que nasceu. A mãe da menina, Sabrina Fermino Espíndola, disse que a criança está superbem! Na sexta-feira, Helô passou por uma consulta e exames. Os resultados, segundo Sabrina, foram ótimos! “Está correndo tudo dentro do esperando e dando tudo certo, graças a Deus”, enaltece a mãe.
Este domingo é o dia 51 pós-transplante, faltam 49 dias para completar os 100 (que são os mais difíceis de se lidar). Por enquanto, a menina ainda está indo no hospital tomar medicação de segunda a sexta na parte da manhã. Mas, com o passar dos dias, essas idas vai diminuindo, gradativamente, e enfim Helô poderá seguir com maior qualidade de vida e até mesmo frequentar uma creche, daqui a um ano, por exemplo.
Heloísa é moradora de Tubarão e luta contra a Leucemia Mielomonocitica Juvenil desde os 10 meses de vida.
“Deus está cuidando muito bem dela, como ele sempre prometeu que cuidaria. Continuo pedindo orações. Falta pouco para isso tudo acabar. Ah! E obrigada por todo o carinho que vocês, internautas, sempre transmitem. Isso faz muito bem a toda família!”, reconhece Sabrina.
O processo de cura pós-operação ainda seguiu até o fim de outubro no Hospital de Câncer de Barretos – Hospital de Amor, no interior de São Paulo. Ela ficou alguns dias internada para que os médicos pudessem confirmar o sucesso da operação. A nova medulinha de Helô é acompanhada bem de perto pelos profissionais para ver o progresso. Este processo segue por pelo menos um ano.
O procedimento
O transplante de medula óssea é um procedimento rápido, como uma transfusão de sangue, que dura em média duas horas. Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras, que uma vez na corrente sanguínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem.
O paciente, depois de se submeter a um tratamento que destruirá a sua própria medula, recebe as células da medula sadia de um doador. Estas células, após serem coletadas são acondicionadas em uma bolsa de criopreservação de medula óssea, congeladas e transportadas em condições especiais (maleta térmica controlada com termômetro, em temperatura entre 4 Cº e 20 Cº) até o local onde acontecerá o transplante.
As células infundidas no paciente também podem ser da sua própria medula, retiradas antes do tratamento e congeladas para uso posterior (no caso do transplante autólogo), ou de sangue de cordão umbilical (em caso de doação aparentada ou utilização de uma unidade de células dos Bancos Públicos de Sangue de Cordão).
Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e hemorragias. Por isso, permanece internado no hospital, em regime de isolamento.