Presídio regional: Terraplanagem está dentro do cronograma

Zahyra Mattar
Tubarão

A terraplanagem da área onde será construído o novo prédio do Presídio Regional de Tubarão, no bairro Bom Pastor, agora já é mais visível. A ordem de serviço para a empresa Êxito, de Itajaí, foi assinada no fim de março e a movimentação no local teve início no começo deste mês. Algumas árvores precisaram ser removidas e pedras implodidas. Agora, com o terreno limpo, começa a etapa de terraplanagem propriamente dita.

“Aparentemente, há a impressão de atraso. Não, isso não é verdade. Está tudo dentro do prazo. Inclusive, acho que esta parte da obra terminará antes do previsto. A empresa tem 90 dias para entregar esta etapa. Mas, conforme um contato com o engenheiro da Construtora Êxito, tudo deverá estar pronto em 60 dias”, confirma Wilson da Silva, assessor do secretário de segurança pública do estado, Ronaldo Benedet.

Quanto à segunda etapa da obra, a construção física da nova instituição prisional, o edital deverá ser lançado até, no máximo, a próxima semana. “Tivemos que apurar alguns detalhes de projetos. Mas reafirmo: não haverá atrasos. Pelo contrário, vamos ganhar prazo e teremos obras este ano, como anunciamos”, confirma Wilson.
Ele ficou incumbido pelo secretário de segurança pública de trazer novidades sobre o assunto nesta semana. Segundo o assessor, a estimativa da pasta é que a empresa seja definida entre 45 e 60 dias após o lançamento do edital.

Detalhes da obra
• A obra foi dividida em três etapas. A primeira é da terraplanagem. A segunda refere-se às obras de engenharia básica (fundação do prédio, parte elétrica e hidráulica, entre outras) e a última, de CRC (concreto de alta resistência).
• A meta da secretaria de segurança pública é inaugurar o novo prédio do Presídio Regional de Tubarão em fevereiro do próximo ano. O orçamento previsto é de R$ 3,5 milhões.

• O novo prédio terá 240 vagas (com possibilidade de ampliação por conta do prédio ser construído com os blocos de concreto). Em toda a estrutura das celas, não será usado ferro e sim fibra de aço. Tudo será monitorado por um circuito fechado de câmeras.
• Também não haverá muro. Tudo será fechado com cercas e torres para guarda. O muro será apenas na área reservada para o banho de sol (chamado de solar).
• Outro detalhe é que os agentes não terão mais contato com os detentos. As celas serão abertas por um mecanismo diferente do atual. Os agentes ficam em cima das celas e observam toda a movimentação de lá. O sistema de luz e água também será controlado por eles.

• As celas terão janelas, feitas de poliometano, um material resistente e que garante a passagem de luz. Outro detalhe é quanto à climatização. O blocos de concreto garantem que o ambiente das celas fiquem quatro graus menor nos dias quentes ou maior nos dias mais frios.
• Além da questão de segurança, a nova estrutura terá sala para encontros íntimos, refeitório e alojamento para os agentes prisionais, depósito, ambulatório e salas administrativas. O terreno onde o novo prédio será erguido tem 57.933,41 mil metros quadrados.

• Nem toda área será ocupada pela edificação. A ideia do estado é fechar uma parceria com alguma indústria para que a mão-de-obra dos internos seja utilizada. Cada detento custa, para o estado, ou seja, para o cidadão, cerca de R$ 1,5 mil por mês. Isto se o preso não adoecer. Caso isso ocorra, o gasto mensal pode ser, no mínimo, dobrado.