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Um professor de Educação Física das redes estadual e municipal de Jaguaruna foi afastado de suas funções a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), após investigação conduzida pela Polícia Civil.
Ele é acusado de assédio e importunação sexual contra alunas de 14 e 15 anos, com registros de casos entre 2024 e agosto de 2025, além de situações semelhantes relatadas em 2021. A decisão foi tomada em 22 de outubro, pela 2ª Promotoria de Justiça de Jaguaruna, sob responsabilidade da promotora Raísa Carvalho Simões Rollin.
Denúncias e relatos das vítimas
As denúncias apontam que o professor teria tocado rosto, cabelo, costas, cintura e nádegas das estudantes durante aulas e medições físicas, além de fazer comentários sobre seus corpos, como “cinturinha de boneca” e “vocês estão muito bonitas”.
Em outro episódio, ao ver uma aluna enchendo uma bola, teria feito um comentário de cunho sexual, causando constrangimento. Há também relatos de abraços prolongados, pedidos para seguir alunas nas redes sociais e tentativas de intimidação após as denúncias.
Segundo o MPSC, as vítimas relataram crises de ansiedade e passaram a evitar as aulas para não se expor a novas situações.
Medidas cautelares e afastamento
Devido à atuação do professor em duas escolas do município, o Ministério Público solicitou medidas cautelares para evitar a influência sobre as vítimas e o comprometimento das provas.
Entre as determinações estão:
Proibição de entrar nas escolas onde lecionava;
Proibição de manter contato com vítimas e testemunhas, inclusive por redes sociais;
Proibição de se aproximar a menos de 300 metros das envolvidas.
O descumprimento dessas medidas poderá resultar em prisão preventiva.
Um processo administrativo já havia afastado o professor por 60 dias de uma das escolas. No entanto, o MPSC ampliou o afastamento para a esfera criminal, considerando a gravidade das acusações.
Como denunciar casos de assédio
Casos de assédio ou importunação sexual podem ser denunciados de forma segura e sigilosa.
As vítimas ou testemunhas podem:
Procurar a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami);
Ligar para o Disque 100 (Direitos Humanos) ou Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher);
Utilizar a Delegacia Virtual da Polícia Civil de SC ou o site do MPSC;
Em casos de urgência, ligar para o 190.

