Se os Estados Unidos aplicarem tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o impacto será direto em setores específicos da economia, com efeitos relevantes nas empresas da bolsa.
Os setores mais afetados seriam:
Bens de Capital: fortemente dependente das exportações industriais para os EUA, com destaque para máquinas e peças automotivas.
Papel e Celulose: o mercado americano é um dos maiores destinos desse tipo de produto.
Óleo, Gás e Petroquímicos — segmento que inclui desde exportações da Petrobras até químicas como Unipar e Braskem.
Agroindústria — exportações de açúcar, álcool e alimentos processados também entrariam na mira.
Na bolsa, as empresas mais expostas são:
• Embraer (EMBR3) – 23,8% da receita vem dos EUA
• Suzano (SUZB3) – 16,6%
• Tupy (TUPY3) – 13,9%
• Jalles Machado (JALL3) – 11,0%
• Frasle Mobility (FRAS3) – 10,8%
• Weg (WEGE3) – 9,1%
• Minerva (BEEF3) – de 8% a 15%, a depender do ano
• Randoncorp (RAPT4), Cosan (CSAN3), Iochpe-Maxion (MYPK3) e outras, com exposições entre 6% e 3%
Além disso, os principais produtos exportados para os EUA incluem:
Petróleo e derivados (18,85% do total exportado),
Ferro e aço (14,73%),
Máquinas de transporte (6,85%) e
Café, cacau e similares (5,48%).
Embora o impacto no PIB possa ser limitado, os efeitos microeconômicos podem ser profundos, com queda na receita, nas margens e na competitividade internacional dessas companhias. E como sempre, o mercado antecipa: volatilidade à vista.