Willian Reis
Sangão
Sangão ainda corre atrás de soluções para se recuperar dos prejuízos causados pelo mau tempo que atingiu o município no último dia 13. Era por volta das 22h daquele sábado quando chuva e ventos fortes caíram sobre a cidade. A tempestade durou cerca de 20 minutos, ainda que o seu momento mais crítico tenha persistido por cinco minutos – mas o suficiente para trazer danos aos moradores.
Ainda não se sabe o que atingiu a cidade. Fala-se, inclusive, em um pequeno tornado, mas a versão mais aceita até o momento é a de que se trata de um vendaval. O município ainda espera um parecer da Epagri para entender o mau tempo que se abateu sobre Sangão no dia 13.
De acordo com o secretário de Administração do município, Aldori Antônio da Silva, até o final da semana passada estava sendo feito um levantamento dos danos, que foi encaminhado para a Defesa Civil de Santa Catarina. O município já decretou situação de emergência, mas ainda está à espera do reconhecimento do Estado e, posteriormente, da União. “Se o Estado reconhecer a partir de alguns critérios que precisam ser atendidos, facilita a situação de todos aqueles que precisam de algum socorro financeiro”, explica Silva.
Na agricultura os prejuízos chegaram a R$ 1,3 milhão, afetando principalmente as lavouras de mandioca. Nas casas dos moradores os danos foram de R$ 300 mil. Empresas também foram atingidas e registraram prejuízo de R$ 600 mil, entre destelhamentos e quedas de paredes.
Nos prédios públicos os gastos chegam a R$ 500 mil, sendo que o maior dano foi no Módulo Esportivo José Antônio da Silva. O município não tem condições financeiras para reconstruí-lo e por isso planeja buscar o apoio dos órgãos de outras esferas. Segundo o secretário de Administração, dentro da iniciativa privada a maioria dos danos já foi reparada.
Reunião em Florianópolis discute situação dos atingidos pelas chuvas
Ontem, a Secretaria de Estado da Defesa Civil realizou uma reunião com prefeitos dos municípios atingidos pelas chuvas dos últimos dias. Sangão não enviou representantes a Florianópolis, mas a prefeitura entraria em contato com o Estado para saber do resultado da reunião. Participaram também os prefeitos de Gaspar, Blumenau, Penha, Porto Belo, Presidente Getúlio, São Francisco do Sul, Vargem, Itapema e Bom retiro.
O secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, explica que o objetivo da audiência é acelerar o atendimento dos municípios entre Governo do Estado e Governo Federal. “Nossa intenção é ser ágil na resposta ao cidadão. Este encontro dá celeridade aos municípios quanto aos planos de trabalho em construção. Isso faz com que o serviço seja mais rápido”, comenta.
Os municípios também foram assessorados por técnicos da Defesa Civil Estadual e do Governo Federal para elaborar os planos de trabalho de reabilitação e reconstrução. Isso faz parte das etapas para conseguir recursos para os municípios, como explica o secretário. “Temos fases que devem ser cumpridas, que é a homologação do decreto pelo Estado e reconhecimento pelo Governo Federal; elaboração dos planos de reabilitação e reconstrução e depois a captação de recursos para poder minimizar os estragos causados pelas chuvas”, diz Moratelli.