Safra da tainha 2025 começa em Laguna nesta quinta-feira

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

Com início marcado para esta quinta-feira (1º), a safra da tainha 2025 mobiliza pescadores artesanais, autoridades e comunidades de Laguna. A temporada, que é uma tradição centenária no litoral catarinense, movimenta a economia local e reforça a identidade cultural da cidade. Neste ano, o cenário climático tem favorecido o aparecimento dos cardumes, o que eleva o otimismo para uma safra produtiva.

Pesca artesanal sustenta milhares de famílias em Laguna

Em Laguna, a pesca da tainha é mais do que um meio de subsistência — é uma herança passada de geração em geração. Atualmente, o município conta com 3.421 pescadores registrados, sendo 3.375 deles artesanais, conforme dados do Ministério da Pesca e Aquicultura. A atividade gera emprego, renda e sustenta comunidades inteiras, especialmente nos meses da safra.

Condições climáticas aumentam as chances de boa temporada

Segundo técnicos da Epagri e relatos de pescadores, as condições do vento sul e a temperatura do mar estão ideais para a aproximação dos cardumes à costa. Esses fatores são essenciais para o sucesso da pesca com canoas de praia. O secretário de Estado da Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo, reforça que os incentivos governamentais, como o desconto no óleo diesel para embarcações, também ajudam a fortalecer a atividade.

Disputa judicial pode impactar pescadores de SC

Enquanto a safra começa, o Governo de Santa Catarina busca no Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação da cota de pesca imposta pelo Governo Federal, que pela primeira vez atinge também as embarcações artesanais. O processo segue em análise pelo ministro Gilmar Mendes, e o desfecho poderá impactar diretamente os pescadores catarinenses, únicos afetados pela medida até agora.

A prefeitura de Laguna, por sua vez, reitera seu apoio à classe pesqueira e à manutenção dessa prática tradicional que movimenta a economia, preserva a cultura e conecta o povo ao seu território. No ano passado, entre janeiro e junho, foram 13.099 toneladas de pescado registradas no município, conforme o Observatório do Agro.