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Governo de SC anuncia R$ 435 milhões para empresas afetadas por tarifa dos EUA

Foto: Roberto Zacarias/Secom GOVSC - Divulgação: Notisul

O governador Jorginho Mello anunciou nesta quarta-feira (13) um pacote de R$ 435 milhões para apoiar empresas catarinenses impactadas pela nova tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos às importações brasileiras. A medida busca preservar 73 mil empregos e manter a competitividade das exportações do Estado.

O anúncio ocorreu durante coletiva na sede da FIESC, em Florianópolis, com participação de lideranças empresariais e secretários estaduais. O presidente da federação, Gilberto Seleme, afirmou que o pacote é “uma resposta fundamental” para sustentar a economia catarinense neste momento crítico.

Três frentes de apoio

O pacote se divide em três ações principais:

  • Liberação antecipada de crédito acumulado de exportação: R$ 62 milhões, em três parcelas, beneficiando 295 empresas.

  • Postergação do pagamento do ICMS: R$ 72 milhões, com prazo estendido em 60 dias, durante três meses.

  • Financiamento emergencial via BRDE: R$ 265 milhões, com subsídio de juros e condições especiais para empresas de médio e pequeno porte.

As medidas atendem negócios enquadrados nos níveis de risco “crítico”, “alto”, “relevante” e “gerenciável”, que juntos representam R$ 8,5 bilhões em exportações anuais para os EUA.

Setores e regiões mais afetados

Segundo a Secretaria da Fazenda, 95% das exportações catarinenses aos EUA serão atingidas pela tarifa. Os setores mais impactados são:

  • Madeiras e móveis de madeira (48,5%)

  • Blocos de motor e compressores (17%)

  • Motores elétricos e transformadores (14,5%)

O Norte do Estado concentra 44% das exportações para os EUA, seguido pelo Vale do Itajaí (22%).

Condições do financiamento

O crédito emergencial terá prazo de 36 meses, com 12 meses de carência e amortização em 24 meses.

  • Empréstimo em dólar: taxa de câmbio + 3% ao ano

  • Empréstimo em reais: taxa fixa de 9% ao ano
    O Estado irá subsidiar parte dos juros, reduzindo custos para os tomadores.

De acordo com o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, as medidas foram elaboradas com base em dados técnicos e poderão ser ajustadas conforme a evolução do cenário internacional.

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