Uma carta com ameaças foi deixada na parede do terreiro de umbanda Casa de Ogum e Iansã, em Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina, na manhã de quarta-feira (7). O conteúdo do bilhete exige a saída da casa religiosa do local sob ameaça de destruição, o que motivou a abertura de um inquérito policial por crimes de ameaça e perturbação de ato religioso.
Recado violento foi encontrado pelo dirigente da casa
O líder religioso Adailton, conhecido como Pai Rocha, foi quem encontrou a mensagem por volta das 7h, enquanto realizava um atendimento espiritual. O texto estava colado na parede do terreiro, com erros ortográficos e ameaças claras à existência do local.
A carta dizia: “caso contrário iremos destruir tudo e todos […] não espere uma [ameaça], espere o ato […] foi apenas um aviso” [sic].
Terreiro segue funcionando mesmo após ameaças
Mesmo diante do episódio de intolerância, Pai Rocha informou que a Casa de Ogum e Iansã seguirá aberta, firme em seus propósitos. A casa já acionou advogados, registrou boletim de ocorrência e solicitou apoio da Polícia Militar, pedindo rondas mais frequentes, principalmente nos dias de eventos espirituais.
Comunidade religiosa se solidariza com o terreiro
Após a divulgação do caso nas redes sociais, outras casas de religiões de matriz africana manifestaram apoio ao terreiro. Com mais de 40 anos de história, Pai Rocha afirma que nunca havia recebido ameaças até agora.
A frase publicada pelo perfil oficial do terreiro reforça o compromisso da casa com a paz:
“Somos uma casa de amor, humildade e respeito ao próximo. Não aceitamos que nossa espiritualidade e nosso solo sagrado sejam atacados.”